As festas do concelho foram, uma vez mais, adiadas por decisão da autarquia, que considera não estarem reunidas as condições para a sua realização nos moldes habituais.
Todos percebemos que não é possível realizar as “Festas de Almeirim” nos mesmo moldes, no entanto, nenhum outro cenário foi apresentado em Reunião de Câmara, o que é de lamentar.
Quando questionei se tinham analisado alternativas, viáveis e seguras, para que os cidadãos pudessem assistir a eventos culturais, devidamente organizados e ao ar livre, foi-me dito que a intenção é repetir o que aconteceu no ano passado.
“Era importante que a autarquia tomasse a iniciativa e desse um sinal, um “empurrão” aos nossos artistas (…)”
Um dos setores mais afetados pela presente pandemia foi o da cultura e os artistas almeirinenses não escaparam. Era importante que a autarquia tomasse a iniciativa e desse um sinal, um “empurrão” aos nossos artistas e não se limitasse ao papel de apoiante e financiadora, aguardando que terceiros lhe apresentem projetos. Para isso, não é preciso um pelouro da Cultura.
A cultura é arte e conhecimento, é criatividade e intervenção, é construção crítica e participativa, é entretenimento, mas também é educação e consciencialização. A cultura é parte integrante da nossa identidade e é um pilar da democracia.
Era preciso não adiar mais e fazer esforços para que as festas ou outros espetáculos fossem realizados, respeitando condições de segurança, dando-nos oportunidades de experienciar emoções e recordando que é bom viver.
Sónia Colaço
CDU Almeirim
Artigo de opinião publicado na edição impressa de 1 de junho de 2021