O Conselho Europeu, após cedências aos países auto denominados “frugais”, aprovou um Fundo de Recuperação económica pós-pandemia de 750 mil milhões de euros. Portugal assegurou 15,3 mil milhões de euros. Ficou-se aquém do que seria necessário. As verbas que Portugal irá receber, acabarão por ser todas pagas. Os empréstimos pela sua natureza, e as subvenções (verbas a “fundo perdido”) serão pagas através da redução dos valores a transferir para Portugal nos orçamentos comunitários após 2027!
Os “liberais” do costume já se perfilam para abocanhar o seu pedaço. Os lobbys posicionam-se, a actividade nos grandes escritórios de advogados fervilha, os consultores e os gestores andam numa roda viva a estudar como “sacar” mais (é que recebem à comissão)!
É aqui que o Estado terá um papel preponderante, na definição de linhas estratégicas e objectivos para o futuro. Apontam-se caminhos como a transformação digital, a economia verde, a reindustrialização, entre outros.
Esperemos que não se fique pelo enunciar de projectos e que se aproveite esta oportunidade para relançar uma economia mais saudável que possa responder com justiça às necessidades básicas da população em geral. Que se extraiam algumas lições desta pandemia, nomeadamente a excessiva dependência de um sector, a saber, O Turismo!
Diversificar é preciso. Como sempre, estaremos atentos…
António Cruz Martins
CDU Almeirim