O país tem vivido, há mais de um ano, em permanente estado de guerra. Sucessivos estados de emergência foram decretados para se conseguir o domínio do inimigo, o novo coronavírus. Por todo o mundo cientistas, governantes, pessoal da saúde e a generalidade da população, uniram esforços para o combate a este inimigo invisível, que até agora já deixou um rasto de mais de três milhões de mortos e um número de estropiados e debilitados que só o futuro revelará. Se a mortalidade afetou principalmente os mais idosos, as sequelas futuras, ainda desconhecidas, afetarão todas as idades, com prejuízos humanitários e sociais ainda imprevisíveis.
Agora que a esperança regressou, o comum cidadão poderá começar a fazer o balanço de como esta pandemia tem sido tratada pelos seus governantes e decisores políticos, e como a população tem cumprido as determinações (duríssimas) impostas para o seu controle.
“Em Almeirim, na linha da frente, estiveram os profissionais de saúde (…)“
Estes tempos negros ficarão para sempre na memória de todos, mas, é bem provável que, a médio prazo, se vão esquecendo todos os que deram o melhor de si para debelar o mal. Em Almeirim, na linha da frente, estiveram os profissionais da saúde e o poder local. Os profissionais da saúde, de forma abnegada e no limite das suas capacidades, mostraram os verdadeiros valores da sua profissão. Também o executivo municipal – ao facilitar os meios físicos e humanos, ao desbloquear constrangimentos e ao procurar soluções – se empenhou totalmente no êxito da vacinação e na testagem da população. Em Almeirim tivemos profissionais e governantes que, em comunhão de dever, estiveram à altura de tão grave momento. É assim que se cumpre a Democracia.
Gustavo Costa
PS Almeirim
Artigo de opinião publicado na edição impressa de 15 de maio de 2021