A HOME imobiliária fez cinco anos de existência, em Almeirim, no dia 2 de julho. A efeméride foi motivo de conversa com o fundador da imobiliária, Paulo Frutuoso. O gerente falou sobre os últimos anos de gestão da empresa, dos problemas que o mercado enfrenta e dá a sua perspetiva de futuro no ramo imobiliário.
Quando é que nasceu a empresa e porquê?
A empresa nasceu há cinco anos, no dia 2 de julho de 2019 e, até então, tem vindo sempre a crescer.
Que balanço faz da empresa este ano?
O balanço é muito positivo, a empresa está em crescimento e continua em crescimento. De ano para ano temos vindo a crescer, quer a nível de transações, quer a nível de faturação, quer a nível de visibilidade e projeção, portanto, estamos no bom caminho.
Em termos gerais, a empresa voltou a crescer e a diversificar serviços prestados. Que serviços prestam e como funcionam?
Relativamente aqui à empresa, nos últimos cinco anos, não esquecendo, que dois dos cinco, foi em Covid, temos vindo a crescer sempre de ano para ano, a nível da panóplia dos serviços que vamos oferecendo, não tanto como gostaríamos. Neste último ano, nomeadamente, tornarmo-nos independentes a nível da intermediação do crédito foi uma página importante para nós e para a empresa, porque dá-nos outra autonomia e outro reconhecimento, assim como outra forma também de ajudar os clientes na compra ou na venda, ou basicamente, na transferência do crédito de habitação.
Almeirim é um bom local para fazer negócio?
Almeirim, como há muitos anos digo, é uma cidade excelente para fazer negócio, derivado a tudo o que envolve, quer a nível das infraestruturas que têm vindo a ser criadas, as rodovias que têm sido feitas, um investimento e agora, sem dúvida, empresas como o Mercadona potenciam muito a nossa cidade. Em princípio, a vinda de outras empresas potenciarão muito mais, quer para Almeirim, quer para outros concelhos próximos, como o Hospital da Luz para Santarém e outras empresas que se estão a situar aqui. É fundamental.
Isto também traz um aumento dos preços. O que é que se denota neste último ano?
É lógico, não podemos querer tudo e depois que as coisas continuem iguais, não é? Portanto, é normal o preço aumentar, porque a realidade é: há preço e valor. Se a cidade cresce em valor, o preço aumenta. Portanto, é fundamental e também tem forte expressão no nosso negócio, contudo, há a relembrar que, infelizmente, para as pessoas de Almeirim, fica um pouco mais difícil o processo de aquisição, porque, efetivamente, a compra que está a ser feita em grande parte em Almeirim, de transações acima de 250, 300 mil euros, está a ser sustentada por jovens que regressam à nossa cidade e que estiveram alguns anos em Lisboa, que venderam e que geram mais valia, e por pessoas externas à nossa cidade, que também vendem em zonas como Carregado, Alverca, Vila Franca, e que sobem por aí fora. Por outro lado, muitos dos jovens também já não conseguem comprar em Santarém e vêm comprar aqui em Almeirim. Portanto, é normal que faça estes efeitos de tsunami, como eu lhe costumo dizer, ou o efeito de caracol, que os nossos jovens têm que se capacitar e as pessoas de Almeirim têm que se capacitar, têm que começar a ir para as Fazendas, Alpiarça e Benfica, porque isso é consequência do crescimento das grandes cidades, como aconteceu em Lisboa e no Porto. As pessoas originárias de lá não vivem em Lisboa e no Porto, vivem nos concelhos fronteiriços. E aqui temos de começar a mentalizar que é o que está a acontecer. Temos de nos mentalizar disso, porque não vai mudar.
Há falta de habitação em Almeirim?
Falta muita habitação em Almeirim. Contudo, temos aqui alguns clientes que, felizmente, trabalham connosco, construtores, pessoas de fora da cidade, que vêm potencial na nossa cidade e que têm feito aqui um investimento muito forte, nomeadamente o edifício Corte Real, e brevemente com pelo menos mais duas edificações na cidade, a nascer a partir do fim do ano. Contudo, há outras construções, ali junto ao antigo Lidl, agora a Nova Mendonça, o edifício Arena também junto à Adega de Almeirim. Há construção a acontecer, mas não é suficiente, porque a iniciar só está pronta daqui a dois anos.
Uma imobiliária de sucesso tem de ter uma boa equipa. Qual é o mérito dessa equipa?
São as pessoas, e é a relação com as pessoas e a proximidade que se cria, porque este negócio é um negócio de pessoas, não é mais que isso. Nós temos de criar as condições para essas mesmas pessoas estarem bem, estarem felizes e desenvolverem a atividade da mediação imobiliária e poderem oferecer aos clientes uma jornada de compra tranquila e célere. É isso que procuramos, que os clientes fiquem satisfeitos e a nossa equipa, sem dúvida, tem sido fantástica, principalmente no que oferece e na humanidade com que gere todos os negócios, assim como na proximidade que tem junto dos clientes. Já tem sido diferenciador dentro da nossa empresa e da nossa marca.
Quais são os grandes desafios no mercado para este momento da empresa?
Há sempre desafios, temos de estar prontos, porque nós não controlamos as coisas. O Covid foi exemplo disso, temos uma grande instabilidade a nível do Médio Oriente e a nível de uma série de situações na nossa sociedade, portanto, nunca estamos prontos. Agora, preparamo-nos para não falhar, preparamo-nos para estar prontos e, se acontecer alguma coisa, logo saberemos como nos adaptar, como foi com o Covid, que nos adaptámos, continuámos a faturar, a satisfazer os clientes e a ajudar as pessoas e a transacionar imóveis. Portanto, é sempre um desafio, e isso é o bom desta atividade, é isso mesmo, é um desafio. É o desafio de ajudar alguém, de mudar a vida de alguém, de fazer a diferença na vida de alguém. Portanto, isso é essencial e nós estamos prontos e preparados para isso.
Que mensagem quer deixar à sua equipa, mas também aos seus clientes?
A mensagem para a minha equipa é agradecer-lhes o trabalho fantástico que têm vindo a desenvolver, continuarem assim, continuarem unidos e tudo depende de nós. Portanto, tudo o que nós quisermos só depende de nós próprios para conseguirmos lá chegar. E uma mensagem aos clientes, aos amigos e parceiros que, sem eles, nada disto era possível. Contamos com eles e com o apoio deles, e tudo o que estiver ao nosso dispor, estamos cá para os ajudar e para acrescentar valor, sendo uma mais-valia, sempre.