Nos sábados de 15 de junho a 13 de julho o festival de música ao vivo Sons de Verão regressa a Coruche para preencher as noites quentes à beira-rio com espetáculos que reúnem bandas e artistas de sonoridades e géneros diversificados, do rock à morna de Cabo Verde; da música clássica e contemporânea à folk e ao jazz, passando ainda pelo folclore.
O festival arranca em plena prova 24H BTT – CCH e, pelo meio, cruza-se com eventos como o Trail e a Caminhada da Coruja, e ainda com um desfile de moda promovido pela associação de apoio ao doente oncológico Encostatamim. Os espetáculos são sempre ao ar livre, em locais de entrada gratuita tão convidativos como a Praça d’Água, a Praça da Liberdade, a margem do rio Sorraia ou a Avenida do Sorraia.
A iniciativa convida a viver intensamente as melhores e mais inspiradoras noites do Ribatejo.
Noites ecléticas, quentes e inspiradas ao som de rock, música cabo-verdiana, jazz, world music, “indie-folk-neo-pop-chula”, clássica e contemporânea, e ainda folclore, é o que se espera à beira-rio em Coruche ao longo dos cinco sábados em cartaz no Festival Sons de Verão. Os espetáculos começam a 15 de junho, pelas 21h30, com Festival de Folclore, tendo como pano de fundo a prova 24H BTT – CCH. Sobem a palco na Praça d’Água o Rancho Folclórico Regional do Sorraia (Coruche, Ribatejo), o Rancho Etnográfico de Danças e Cantares da Barra Cheia (Estremadura Sul e Litoral Alentejano) e o Grupo Folclórico e Etnográfico de São José da Lamarosa (Lamarosa, Ribatejo). Às 23 horas o rock toma o palco e a noite com concerto de On Every String, banda de tributo aos emblemáticos Dire Straits que celebra um legado musical de sucessos que marcam gerações. Composto por oito músicos que recriam com autenticidade as canções que a voz e a guitarra de Mark Knopfler imortalizaram, o espetáculo On Every String proporciona uma experiência ao vivo fiel àquela vivida num concerto de Dire Straits. Com direção artística e musical de Nuno Duarte, a banda assegura duas horas intensas de puro rock a pintar a paisagem sonora das 24 Horas BTT – CCH.
No sábado seguinte, a 22 de junho, pelas 22 horas, Débora Paris traz sons de Cabo Verde à Praça da Liberdade, onde irá interpretar temas clássicos do reportório cabo-verdiano, prevendo-se ainda alguns originais — mornas e coladeiras, mas também a soul music poderá fazer parte do alinhamento. Débora Paris é natural de São Vicente, Cabo Verde, e descende de uma família que respira música há gerações. Filha de Zé Paris, baixista de Cesária Évora ao longo de 25 anos, e sobrinha de Tito Paris, figura maior da música cabo-verdiana, Débora é inspirada pela tradição da grande música de Cabo Verde e já apresenta um vasto currículo, com participações em festivais em Cabo Verde e em Portugal, incluindo atuações na Casa da Morna ao lado do tio Tito Paris. Em 2018 participou no programa Got Talent Portugal, da RTP, onde se deu a conhecer ao grande público nacional.
A 29 de junho, pelas 22 horas, navegando por águas dos séculos XVII e XVIII, o espetáculo de música clássica e contemporânea “La Nave Va”, do coletivo do Festival Terras sem Sombra, proporciona um concerto único e sui generis, acolhido pela primeira vez no Ribatejo. O Festival Terras sem Sombra é um evento cultural de caráter nacional e internacional que abarca a música erudita, o património e a biodiversidade do Alentejo, organizado em torno do conhecimento e da memória. Em cada edição, o festival programa uma temporada de música erudita que conta com participações internacionais e nacionais, estendendo-se da Idade Média à contemporaneidade. Com direção musical e flautas de António Carrilho, o concerto apresenta ainda Duncan Fox no violone e Helena Raposo na tiorba e na guitarra barroca.
No sábado de 6 de julho, pelas 22 horas, a banda Diabo a Sete traz à Praça d’Água o seu estilo único de “indie-folk-neo-pop-chula”, um cunho musical próprio, apurado a partir de ritmos e sonoridades tradicionais numa roupagem moderna que cruza ritmos, melodias e instrumentos associados à matriz tradicional. Formada em Coimbra em 2003, a banda tem percorrido os palcos do País com uma discografia que inclui os álbuns “Parainfernália” (2007), “TarAra” (2011) e “Figura de Gente” (2016), conquistando o seu espaço na nova música tradicional portuguesa. A banda é composta por Eduardo Murta (baixo elétrico), Luísa Correia (guitarra), Miguel Cardina (bateria), Pedro Damasceno (cavaquinho, bandolim, concertina, voz), Ricardo Grácio (flauta transversal, gaita-de-foles, viola braguesa) e Sara Vidal (voz, harpa celta, adufe, pandeireta galega). Os espetáculos são reconhecidos pelo dinamismo e pela energia da festa popular, combinando ritmos, melodias e instrumentos tradicionais com letras e sonoridades contemporâneas. Na noite do concerto acontece o Trail e a Caminhada da Coruja, que acrescenta momentos noturnos de lazer e atividade física à festa.
No último sábado de Sons de Verão, 13 de julho, pelas 22 horas, a Avenida do Sorraia será palco do espetáculo “De Ary a Zeca”, apresentado pelo Quinteto Jazz de Lisboa. Este concerto temático, inserido nas comemorações do cinquentenário do 25 de Abril, homenageia dois dos mais importantes autores e compositores de Abril: o grande poeta da Liberdade, José Carlos Ary dos Santos, e o grande mestre da música contemporânea portuguesa, Zeca Afonso. O Quinteto Jazz de Lisboa, formado em 1998 e hoje com projeção além-fronteiras, interpreta as canções mais marcantes destes ícones da música portuguesa com um reportório que cruza fado, jazz e world music. A banda, composta por Zé Carvalho (voz), Nanã Sousa Dias (saxofone), Miguel Braga (teclados), Zé Lima (baixo) e Leandro Leonnet (bateria), proporciona uma viagem musical que celebra a liberdade e a herança cultural portuguesa. “Venham Mais Cinco”, “Homem na Cidade” ou “Cavalo à Solta” são alguns dos temas que podemos esperar ouvir. Na mesma noite, haverá também desfile de moda promovido pela associação de apoio ao doente oncológico Encostatamim. Viva as melhores noites do Ribatejo.