A alegada alegada agressão de um funcionário da Câmara Municipal de Alpiarça a um dirigente sindical levou a autarquia a abrir um inquérito e a “ouvir todas as partes intervenientes” na situação.
Segundo Abel Pedro, chefe de gabinete da Câmara de Alpiarça, a autarquia está “a verificar o que se passou e a fazer um levantamento e um processo de inquérito aos envolvidos”.
A alegada agressão terá ocorrido no dia 8 de maio, quando o secretário do Gabinete de Apoio aos vereadores, Manuel Colhe, terá tentado “impedir que o plenário do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL)” marcado para o dia seguinte, “se realizasse, alegando que a autarquia ia conceder a parte da tarde aos trabalhadores, por se celebrar o Dia da Ascensão”, lê-se num comunicado divulgado pelo STAL.
Segundo a força sindical, “perante a recusa de alteração da data de plenário”, Manuel Colhe terá tentado agredir o dirigente sindical Miguel Miranda, tendo sido necessária a intervenção de um trabalhador, “evitando assim que a agressão se concretizasse”.
Abel Pedro refere que a câmara já tinha uma série de atividades programadas e perguntou “se havia a possibilidade, por parte do STAL, de alterar a data do plenário”, acrescentando ainda que o STAL “não acedeu a esta alteração e o plenário decorreu, na quinta-feira, dia 9”.
O STAL acusa o funcionário da Câmara de Alpiarça de “tentativa de limitação da atividade sindical”, referindo “que este comportamento intimidatório é recorrente, tendo-se já verificado noutras ocasiões”.
Este sindicato esclarece ainda que “repudia fortemente tais atitudes, que atentam contra o direito à liberdade da atividade sindical”, e lamenta que este episódio tenha acontecido no 50.º Aniversário da Revolução de Abril, de cujas muitas conquistas uma sobressai relativamente à defesa dos direitos dos trabalhadores: a liberdade sindical”.
Num comunicado, a Câmara Municipal de Alpiarça defende que o “executivo sempre trabalhou com proximidade com todos os trabalhadores, sem distinção, integrem ou não uma estrutura sindical”, assegurando “o respeito pelos mais elementares direitos e liberdades que lhes estão conferidos, incluindo a melhoria permanente das suas condições de trabalho”.
C/Lusa