Nesta fase que antecipa as eleições legislativas de 10 de Março, vão-se apresentando os programas eleitorais das várias forças políticas, umas com mais páginas, outras com menos, umas mais claras, outras mais ocultas e sombrias.
Os desgovernantes que dirigiram o País nos últimos 8 anos, estão cada vez mais claros a apresentar os seus desígnios. A desfaçatez com que se apresentam, discursam, debatem e escrevem, são de indivíduos que não têm qualquer pudor em repetir a receita usada por Soares, Guterres, Sócrates e Costa, e que, invariavelmente, nos regrediu económica e socialmente. Alguns estão com o mesmo tipo de discurso há 50 anos, ensinaram outros a manter e continuamos a ter quem ainda não percebeu o erro desse caminho.
Em mais um passo encapotado, no apoio aos jovens para a aquisição de casa, propõe o PS que o Estado preste a garantia no financiamento bancário, usando, para tal, as verbas públicas e garantindo o pagamento do crédito em caso de incumprimento. Ora isto nada mais é que, garantir que o Estado socialista detém os imóveis e “auxilia” assim o povo cada vez mais empobrecido, endividado e dependente, tal como a “boa” doutrina socialista designa. Assim, e de forma dissimulada, estão a garantir os eventuais necessários apoios das restantes esquerdas.
Por outro lado, temos um grupo que se quer afirmar como partido, mas que para aumentar as suas fileiras “oferece” cargos a todos, e com discurso simples, mas que fácil e rapidamente evolui para o ofensivo e pejorativo. Como se nada disso bastasse, apresenta, num ponto do seu programa e debaixo de uma bandeira de liberdade e igualdade para todos, a possibilidade de forças de segurança poderem ingressar partidos. Não será este um passo para facilitar a criação de milícias de partidos extremistas nas forças de segurança, alimentando, assim, potenciais regimes ditatoriais, como já anteriormente feito? Forças essas que, apesar de poderem e deverem de ter opinião, devem ser imparciais e protetoras do povo!
João Vinagre – CDS Almeirim