A Ecolezíria, empresa intermunicipal da Lezíria do Tejo para o tratamento de resíduos urbanos, já distribuiu quase 4000 compostores domésticos gratuitamente, no âmbito da campanha “Adote um Compostor”, iniciativa lançada em abril de 2021, para incentivar a população a reaproveitar os resíduos orgânicos produzidos e transformá-los em fertilizantes naturais. Até à data, o município de Salvaterra de Magos foi o território com mais inscrições, com 828 no total, seguindo-se-lhe o Cartaxo, com 731, Coruche, com 618, Almeirim, com 653, Benavente, com 553, e Alpiarça, com 319.
O próximo objetivo é distribuir ainda mais 3500 compostores pelos munícipes que disponham de espaço exterior em casa num solo com terra, no quintal, ou horta. Para tal, a Ecolezíria vai reforçar a comunicação e a divulgação da campanha, com o objetivo de relembrar as famílias das vantagens da compostagem e incentivá-las a aderir à iniciativa, “adotando” de forma gratuita um compostor, seguindo os passos das mais de 3500 famílias que já o fizeram e cuja experiência se tem revelado bastante positiva.
As inscrições podem ser feitas no website da Ecolezíria, em www.ecoleziria.pt, através de um formulário, nas juntas de freguesia e através do contacto com os Municípios. Cada compostor tem 310 litros de capacidade para transformar restos de alimentos e resíduos de espaços exteriores num produto orgânico rico em nutrientes para adubar a terra. Contas feitas, cada família que “adote” um compostor e o utilize regularmente fica apto a produzir até cerca de 70 quilos de composto por ano.
Esta é uma iniciativa cofinanciada pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência dos Recursos (POSEUR).
Maioria dos munícipes está satisfeita
Em janeiro de 2023, a Ecolezíria realizou um inquérito junto dos munícipes que se inscreveram na campanha e que já adquiriram gratuitamente o compostor doméstico, tendo recebido 867 respostas, no total.
Dos inquiridos, 96,7% responderam estar a utilizar o compostor diariamente, a grande maioria dos quais admite colocar cerca de 260 litros de matéria
orgânica por ano no compostor para transformação, e mais de 60% já obteve composto.
Mas há até quem já tenha aprendido com a experiência e tenha criado as suas próprias soluções. “Desde que adquiri o compostor, já obtive dois ciclos de fertilizante natural. A aprendizagem que retive destes processos foi reduzir o número de ramos mais grossos e juntar água nos períodos mais secos de verão. Com a utilização do compostor deixei praticamente de colocar resíduos no contentor doméstico, uma vez que o restante segue para reciclagem”, escreveu uma das inquiridas.
A maioria dos utilizadores mostra-se bastante satisfeita com o uso do compostor, admitindo utilizar o fertilizante natural para adubar as plantas dos jardins e a horta doméstica, contribuindo de igual forma para a redução do desperdício e para dar uma nova vida aos resíduos orgânicos.
Campanha “A Rua é a Casa de Todos” para uma correta deposição de resíduos
Paralelamente ao projeto de compostagem doméstica, a Ecolezíria reúne esforços para a promoção de uma segunda campanha que pretende auxiliar a população na separação e deposição correta de resíduos diferenciados nos seis municípios da sua área de abrangência.
“A Rua é a Casa de Todos” é o nome da iniciativa que pretende albergar toda a atuação concretizada pela Ecolezíria nos últimos anos e que inclui a sensibilização das comunidades para a correta separação de embalagens de plástico, metal, vidro, papel e cartão. O depósito de objetos considerados “monos e monstros”, a diferenciação entre resíduos orgânicos e indiferenciados e a desmistificação de alguns mitos associados à reciclagem são outros dos tópicos desta estratégia global de comunicação.
Esta campanha é lançada numa altura em que a recolha seletiva de resíduos de embalagens da Ecolezíria registou um aumento de 7,23% comparativamente ao ano anterior, e no qual foram encaminhadas mais de 4.115 toneladas de resíduos de embalagens de fluxos de papel, plástico e vidro, constituídos um dos melhores resultados de sempre.
A Ecolezíria tem como meta melhorar a prestação dos serviços à comunidade e ser um dos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU) que contribui fortemente para que Portugal atinja as metas da reciclagem e reduza a produção de resíduos indiferenciados.