Consentimento

 Como sociedade, continuamos a não só repetir os erros com poucos anos de intervalo, como ainda somos coniventes sempre com os mesmos do costume. A mais recente aquisição do novo consultor deste “des”governo que dirige o País, não colocando em causa as capacidades académicas e profissionais, o que apressa dizer é que, “à mulher de César não basta ser séria, há que parecer”. E neste campo, a premissa destes “des”governantes é precisamente a oposta.

Noutros tempos, se algo, por minimamente semelhante, já haveria manifestações, abaixo-assinados, “veste rasgadas” na Assembleia da República e em qualquer outro canto do País. Mas como estamos a falar do PS, nada disso, a extrema esquerda lança alguns comentários, nos quais se mostram ofendidos, mas foram permissivos e colaborantes durante 6 anos.

Permitimos a repetição de erros, em que apoios são para alguns, obras para outros, e projectos e estudos poucos sobram, na sua “carteira de contactos”. Enquanto tudo isto acontece, a sociedade vai perdendo capacidades, conhecimento, poder económico e também de voz. Pois acaba por permitir que tudo isto aconteça, não por aqueles que vão votar neles, pois deles dependem e deles vivem, ou mesmo sobrevivem da dependência do estado. Mas sim daqueles que, eleição após eleição, decidem não ir votar, porque “não vale a pena”, “são todos iguais” ou “estes fazem errado, mas já lá estão e sabemos o que fazem”! Nada mais errado, com este tipo de pensamento, caminhamos a passos largos para longe da democracia. Já o disse muitas e muitas vezes, votar não é só um direito, é também um dever.

Artigo de opinião de João Vinagre, CDS Almeirim (publicado na edição de 15 de agosto)