Fernando Azemel é o proprietário do histórico Restaurante Central do Ribatejo, onde se comem deliciosos pratos com enguias. O espaço volta a participar na Quinzena da Enguia, na esperança que ajude a minimizar os efeitos da pandemia e da crise que se vive com a subida dos preços.
Estamos quase a chegar à quinzena da enguia, que expectativas é que há para o regresso à normalidade ou, mais ou menos?
Esperamos que regresse essa tal dita normalidade, no entanto, nós cá estamos para tentar servir o melhor que podemos e sabemos os nossos clientes dessa dita iguaria. No entanto, isto será tudo sempre uma incógnita e não passa disso.
Porque é que diz isso?
É porque, a meu ver, dificilmente se vislumbram melhores dias, dada a conjuntura atual.
Penso que estará a falar desta subida de preços que está aí, mas eu queria recuar um bocadinho antes, já lá vamos a esse tema. Como foram esses dois anos de pandemia?
Foram um pouco difíceis, com todas as restrições que nos foram impostas que toda a gente sabe, portanto, diminuição do espaço, lugares, regras sanitárias, as mais diversas, enfim, quebra de faturação, tudo isso nos trouxe alguns constrangimentos.
E em relação a isso que estava a dizer agora? Tem a ver com esta subida de preços de praticamente tudo, do receio da crise
A subida de preços, como é lógico, toda a gente sabe, motivada por essa guerra que por aí anda, e que o petróleo acarreta tudo, tudo se movimenta através do petróleo, todos os produtos que nos chegam a casa, e nós próprios para nos movimentarmos, e, portanto, tudo sobe por tabela.
Em termos de enguia, como é que estamos este ano? Há, não há? Há muita, há pouca?
A meu ver, não há muita fartura, porque o produto quando se torna mais caro é também porque subiu por tabela, parece que as coisas desaparecem de um momento para o outro, portanto não há tanta facilidade em arranjar o produto como havia há uns tempos atrás.
Mas acredita que este certame que está de regresso pode ajudar aqui a alavancar, pelo menos durante 15 dias, o setor?
Sim, é evidente que ajuda sempre com a sua publicidade e outras coisas mais e implica sempre a chegada de alguns clientes, quer forasteiros, quer da nossa região, que nos ajudam também nesse período.
Alguma mensagem para quem estiver a ler esta reportagem e estiver indeciso entre vir a Benfica?
A mensagem que eu quero passar é que, sempre que possam, apareçam porque nós cá estaremos para os servir o melhor que sabemos e fazemos.