Após Mais um ano que se passou, e apesar de várias indicações de que este seria menos atípico que 2020, assim não foi. Foi diferente, mas não deixou de ser atípico. Ano de Eleições, em janeiro as Presidências, em setembro as Autárquicas. As primeiras com um carácter mais institucional, já as segundas, com impacto direto na gestão local e, como tal, no nosso dia-a-dia em comunidade.
Neste ano, reativamos a coligação no nosso concelho que, como sempre que nos apresentamos a eleições, pretendemos oferecer à população uma opção diferente de governação e de estratégia. Nunca, em algum momento, tivemos ou temos a pretensão de ser melhores que alguém, mas sabemos que existem melhores caminhos, e por essa razão nos propusemos a preparar o Futuro!
Pretendemos, sim que o nosso concelho seja um local atrativo para investidores, empresas e empresários, cativante para os jovens, estimulante na criatividade e harmonioso para a sociedade. Sabemos que isto não depende só do poder local, no entanto, sabemos que este poder tem igualmente o dever e obrigação de zelar, lutar, defender e promover todos os seus munícipes e fregueses, independentemente da sua doutrina partidária, cor desportiva ou crença religiosa.
Uma família estável, forte e motivada, é um dos pilares fundamentais para uma sociedade sã, assim como uma economia liberal, enérgica e inovadora, sem dependências ou atrasos de burocracias, fortifica a sociedade. É este o caminho que pretendemos, afastar de uma vez por todas as várias áreas da sociedade da dependência vital, e por vezes umbilical, do poder instalado no concelho que tanto condiciona na hora de votar.
De que adianta iniciar projetos, muito megalómanos e apenas estéticos, se estes se alongam no tempo e no custo.
De que adianta falar em investimentos privados (curiosamente sempre em altura de eleições), se no decorrer de todo o processo, a burocracia nacional e local, acaba por comprometer a concretização dos mesmos. De que adianta mostrar melhoramentos de raiz, se deixaram degradar o anterior até ao ponto de não retorno. De que adianta promover e vangloriar os trabalhos por adjudicação direta, se é essa a função para a qual foram eleitos! A informação é um braço do poder, e quem o tem é quem a gere. Porém, saber gerir a informação, não é retê-la, camuflá-la, condicioná-la, mas sim o seu oposto, garantido o seu livre e fácil acesso, pois só aí saberemos qual a verdadeira capacidade de gestão.
Em tempo da transição digital (até existe um gabinete do estado para esse efeito), continuamos sem acesso à transmissão das reuniões de câmara, nem das assembleias de freguesia e municipais, privando quem não se pode deslocar da informação que lá é transmitida e não aproveitando que novos rostos se interessem por estes assuntos.
O receio de perder o controlo do poder, visível a olho nu, é muito maior que praticar a liberdade debitada a cada discurso feito, numa alusão sem fim ao 25 de Abril.
É por estas ações de maquilhagem, retocada a cada ano na efeméride, que estamos neste trilho, porque nos desviamos do caminho da democracia e liberdade.
Apesar desde desvio, não devemos optar por extremos, qualquer ele que seja, pois estes, têm a natural tendência a se tocarem, igualarem e competirem nos meios para atingir os fins!
Na história recente, e sempre que ao CDS lhe foi dado o voto, verdadeiramente útil, fomos sempre parte da solução! Tal como em tudo, nada é perfeito, mas apesar de imperfeições, estas foram declaradas e demonstradas, não foram ocultadas com jogos políticos. Sofremos nestes últimos anos um aumento compulsivo do ordenado mínimo, e com ele a esquerda socialistas/comunista e a extrema-esquerda atingiu um dos seus objetivos, diminuir ou extinguir a classe média.
Neste movimento ilusionista de “dar” mais à classe mais baixa, retiram aos mesmos e a todos os outros o poder económico. Pois para garantir isto e tudo o resto os impostos camuflados são cada vez mais e maiores, ao “darem” 5 estão a retirar 10, cada vez que vamos às compras ou abastecemos o carro. Temos um país cada vez mais dependente do Estado, uma dívida pública a disparar e um Estado cada vez mais “gordo” em ministros, gabinetes, assessores, e motoristas. A estes juntam-se os institutos, as empresas municipais e as intermunicipais e os “job for the boys” ou emprego para os “rapazes”.
Sabemos que nem sempre é fácil escolher em quem votar, mas discordar com muitas ou quase todas as políticas usadas, sejam elas no estado ou em municípios, ir para as redes sociais criticar, e depois no dia das eleições votar no mesmo caminho ou num caminho anti-democrático, não é apenas “assobiar” para ou lado ,mas sim “dar tiros nos pés”.
O poder do voto deve ser respeitado, é uma conquista, um dever e uma obrigação e não o usar de forma alguma, ou de forma oposta ao bom senso e à democracia, é estar em frente ao precipício e continuar a caminhar no vazio.
Opinião de CDS Almeirim