Ao chegarmos a mais um final de ano, é normal que olhemos para trás e façamos um balanço, de forma individual e coletiva, do que foi o ano 2021, que marcará para sempre as nossas vidas, a nível social e familiar, económico e ecológico. Apesar da rápida resposta da ciência e da medicina para encontrar mecanismos que nos protejam da pandemia, as dificuldades de acesso universal aos mesmos revelam, uma vez mais, que acima da saúde dos cidadãos, prevalece a gula pelo lucro dos detentores do capital dos monopólios farmacêuticos.
Este aproveitamento continua a fazer-se sentir em muitas outras áreas, nomeadamente, com os milhares de despedimentos que ocorreram – muitos em empresas que receberam apoios do Estado durante o “layoff” – e a redução de rendimentos de outros tantos trabalhadores, piorando a precariedade, um flagelo que alastra no nosso país e, particularmente, em Almeirim. As dificuldades das pequenas e médias empresas acentuaram-se e as fragilidades existentes na nossa sociedade agravaram-se.
O que constatamos diariamente são as dificuldades dos trabalhadores e das suas famílias em cumprirem com os seus deveres porque lhes faltam muitos direitos. O aumento geral dos salários é fundamental para valorização das carreiras e das profissões e combater a precariedade.
O aumento extraordinário de pensões é uma condição essencial para que seja possível dar dignidade aos idosos e combater as desigualdades.
Para salvar o SNS é imprescindível apostar no seu verdadeiro reforço orçamental e na admissão duradoura de mais profissionais, sobretudo, médicos, enfermeiros e auxiliares, apostando na valorização das suas carreiras. Só assim garantimos o direito constitucional de todos os cidadãos à saúde.
Um ambiente saudável é um direito de todos. É importante a aposta e valorização da agricultura familiar, da produção local e do consumo de proximidade, com mais floresta autóctone e melhores redes de transportes públicos. Basta de promessas feitas com base na “bazuca” europeia, pois como diz o povo “de boas intenções está o inferno cheio” e “promessas leva-as o vento!”!
Precisamos, sim, de soluções passíveis de serem concretizadas, as quais a CDU já demonstrou que existem, pois os avanços e conquistas alcançados nos últimos anos têm a marca da sua ação e da sua persistência.
A gratuitidade dos manuais escolares e das creches públicas, a atribuição do suplemento de insalubridade e penosidade, a redução dos passes mensais dos transportes públicos são alguns exemplos que podemos dar, resultantes das propostas da CDU na Assembleia da República.
Em Almeirim, os eleitos locais e ativistas da CDU fizeram deste ano mais um de dedicação e trabalho à causa pública. A sua participação ativa nos órgãos autárquicos, Câmara e Assembleia municipais e assembleias de Freguesia, pautou-se pela coerência e rigor no cumprimento das leis. Fomos também a voz que requereu esclarecimentos e justificações das atribuições dos muitos e diversos subsídios às entidades de cariz desportivo, cultural e social, exigindo a transparência dos processos.
Foi a CDU que apresentou propostas para defesa e valorização do Paço Real da Ribeira de Muge, em Paço dos Negros e para que os trabalhadores municipais recebam o suplemento de insalubridade e penosidade.
A CDU continua representada nos órgãos autárquicos do concelho, correspondendo à confiança que os almeirinenses em nós depositaram.
Reafirmamos que, no novo ano que se inicia, poderão os nossos conterrâneos contar com a CDU, com a sua capacidade de trabalho, entrega e luta por mais justiça social para que possamos viver numa terra melhor.
Esta vontade de servir as pessoas e os seus interesses estende-se a nível nacional. O reforço da votação na CDU fará com que os partidos (PCP-PEV) que a integram, na Assembleia da República, sejam uma força decisiva para uma política ao serviço dos trabalhadores e do povo em geral. Por essa razão, apelamos ao voto nos candidatos que a CDU apresenta no distrito de Santarém, com a mesma confiança que nos deram nas últimas eleições em setembro. São candidatos com provas dadas, conhecedores da realidade das pessoas e do nosso distrito, que todos nós identificamos e em quem podemos confiar.
Opinião de Sónia colaço