Nunca se falou tanto de agricultura como nos últimos tempos, com os meios de comunicação a alertar para um previsível aumento do preço dos produtos alimentares, face ao iniludível aumento do custo dos factores de produção.
Ao mesmo tempo discute-se em Bruxelas a reforma da PAC, de onde poderiam surgir respostas para os problemas que abalam diariamente a vida dos agricultores, mas tal não se verifica. A nova PAC segue o caminho da desvalorização da produção e dos produtores nacionais, baseando-se em princípios padronizados, que não têm em conta as realidades distintas em termos geográficos, climatéricos, demográficos ou logísticos, sem uma aposta efetiva na agricultura familiar e de proximidade e a afogar o sector num contínuo desequilíbrio.
A consequência só pode ser o agravamento da nossa dependência alimentar em relação ao exterior. Todos estes ingredientes contribuem para a especulação nos preços, com grave prejuízo para agricultores e consumidores.
A CDU alerta que este não pode ser o caminho a seguir, apresentando propostas que visam um maior equilíbrio na distribuição das ajudas, com base em critérios específicos para cada região e tipo de produção, de modo a que todos saiam beneficiados, do produtor ao consumidor, sem nunca esquecer o trabalhador e todo o processo económico que envolve a agricultura.
Valorizando cada um, todos ganham.
Artigo da autoria de Carlos Arreigota (CDU Almeirim)