Por estes últimos dias, tenho visto algumas publicações, e muitas opiniões, sobre os Prémios de Mérito Escolar. As opiniões dividem-se. Uma das críticas é por se estar a valorizar as notas em detrimento de outras competências tais como a empatia e a entreajuda. Outra crítica prende-se com o facto de estes prémios incentivarem à competição e terem na sua base um elemento de comparação, quando não devemos nos comparar com os outros.
Uns dizem que estes prémios promovem injustiças, invejas e conflitos entre as crianças, outros afirmam que servem de incentivo para que haja mais esforço e alcancem melhores resultados. Todos os argumentos me parecem váli dos e, para todos eles, há o seu oposto. Até porque as crianças são diferentes e reagem de formas diferentes.
Acredito que é perigoso protegermos as crianças de viverem qualquer tipo de desilusão e frustração, acredito igualmente que é um erro incentivar e fomentar a comparação e a competição, isso já acontece naturalmente.
O que percebo é o seguinte: há crianças que, com pouco esforço, alcançam notas elevadas; há crianças que têm habilidades praticamente inatas para um determinado desporto e há crianças que têm um contexto de vida propício a aprendizagens, tanto em termos escolares como em termos sociais e emocionais.