A captação de investimento é um desígnio que qualquer autarquia persegue. Em Almeirim, a CDU, presente nos vários órgãos autárquicos, tem alertado para a incapacidade do executivo em captar investimento que crie postos de trabalho.
A vinda para Almeirim de vários organismos como a Força Especial de Protecção Civil, a CVR Tejo ou a mais recente “aquisição”, a ASAE, não se traduziram na criação de postos de trabalho e ainda acrescem despesa à autarquia! Em termos de desenvolvimento económico não tem expressão. A captação de investimento exige que haja critério e informação qualificada sobre os promotores.
Vem isto a propósito da mais recente promessa de investimento, protagonizada pela empresa americana 52-Fresh. Durante muito tempo se falou, quase em surdina, de um investimento de 50 milhões de euros.
“(…) o projeto ainda não arrancou e como corolário (…)”
Por fim, foi anunciado o projeto em causa que contou com a presença da administradora da AICEP e do secretário de Estado da Internacionalização. O projeto era a construção de uma fábrica de processamento de cenouras bebé, destinadas à exportação e contemplava a criação de 183 postos de trabalho.
A notícia foi amplamente divulgada e apresentada quase como um troféu da gestão do presidente da Câmara. A verdade é que passados quase dois anos do seu anúncio, o projeto ainda não arrancou e como corolário a AICEP anunciou a resolução do contrato de investimento com a Fresh-52, por esta não ter cumprido as metas definidas e não ter demonstrado a capacidade financeira exigível. É caso para dizer “A MONTANHA PARIU UM RATO”.
António Cruz Martins
CDU Almeirim
Artigo de opinião publicado na edição impressa de 1 de agosto de 2021