O jornal Expresso publicou esta terça-feira, dia 20 de julho, o anulamento do investimento onde foi proposto um projeto de produção e exportação de cenouras bebés em Almeirim no valor de 50 milhões de euros.
As razões para o anulamento do investimento foi o incumprimento do estipulado no contrato realizado em junho de 2019 entre a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) e a empresa 52-Fresh, de investidores norte-americanos.
No Despacho publicado no Diário da República, é referido que há alguns meses que está esgotado “o período de investimento contratualmente fixado, a 52-FRESH não apresentou, até hoje, nenhuma despesa relacionada com a construção e equipamento da unidade industrial, tendo apenas submetido para alegadamente comprovar o início do projeto uma fatura, no valor de cerca de 30 000 (euro), relativa à encomenda de uma maqueta da linha de produção projetada.”
A 52-FRESH não cumpriu a realização do projeto “nos termos, prazos e condições contratualmente definidos, estabelecida na cláusula terceira do Contrato e na alínea a) do nº1 do artigo 24º do Decreto-Lei nº159/2014, de 27 de outubro, aplicável por força do artigo 12º do RECI”, refere o mesmo Despacho.
Segundo o Despacho, a empresa pediu a prorrogação do investimento, onde explicou que a pandemia tinha dificultado a obtenção do licenciamento para a construção da unidade produtiva em Almeirim. Contudo, a empresa “não conseguiu demonstrar que esses atrasos se deviam à pandemia, não satisfazendo assim a condução expressa da aplicação da Orientação Técnica n.º 1/2020 ao abrigo da qual o pedido de prorrogação foi efetuado.”
Segundo o Eco Sapo, a produção e exportação de cenouras bebés iria criar 183 postos de trabalho, onde 42 equivaliam a postos de trabalho qualificados. O objetivo do projeto era em um ano atingir um volume de negócios de 35 milhões de euros com as exportações de cenouras bebé para a Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Suécia.