A Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural enviou, recentemente, a reformulação do processo de certificação do Melão de Almeirim para a Comissão Europeia, um passo decisivo no processo de certificação deste produto que já leva seis anos a cargo do Municipio de Almeirim.
Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Almeirim diz estar convicto que “conseguimos responder a tudo o que nos foi pedido”, acrescentando que este é um processo “moroso, como são todas estas certificações de produtos europeus de qualidade”.
O autarca acredita que o Melão de Almeirim será em breve “Indicação Geográfica Protegida (IGP)”, conclui.
O Melão de Almeirim será o segundo produto de origem almeirinense a ter selo europeu, após a Sopa da Pedra ter sido distinguida com o selo de Especialidade Tradicional Garantida (ETG) em 2022, o segundo no país.
Em 2021, o produto almeirinense obteve Indicação Geográfica (IG), tendo sido publicado em Diário da República e entrado em vigor desde 1 de junho desse ano. Este denominação é um sinal distintivo que serve para identificar ou designar um produto ou as suas caracterizadas pelo nome de uma região, de um local determinado ou de um país.
A área geográfica de produção do Melão de Almeirim está circunscrita ao concelho de Almeirim, à freguesia de Muge (concelho de Salvaterra de Magos) e a Santa Iria da Ribeira de Santarém, da União de Freguesias da Cidade de Santarém.
O Melão de Almeirim é dotado de características diferenciadores face a outros melões. É um melão de raça, de casca escura e texturada, cresce temperado de sol e água nos campos da lezíria ribatejana. As sementes utilizadas na produção do Melão de Almeirim são sementes de variedade própria de qualidade tardia, com boa apresentação comercial e diferenciadora, como é a casca intensamente alinhavada e de qualidade organolética, como a doçura.