Luís Boazinha tem 37 anos e 20 deles estão ligados ao ramo imobiliário. Assinalamos a data redonda com uma conversa em torno da motivações e desafios do futuro.
Como começou a aventura no ramo imobiliário?
Esta aventura iniciou-se pela mão da minha mãe Paula Oliveira, que me deu o melhor castigo de sempre e que ainda hoje lhe agradeço. Por ter tirado uma nota menos boa a Matemática fui colocado no stand de vendas na urbanização das Milheiras quando do seu início, muitos certamente lembram-se desse stand, a representa uma empresa na altura que era a Xequecasa. Trabalhava 7 dias por semana sempre da parte da tarde das 14 às 20 horas a ganhar 250 euros. Detestava o horário e, sempre contrariado, como qualquer adolescente, no entanto passados 15 dias vendi um apartamento e apaixonei-me pelo processo de venda e, naturalmente, o dinheiro ganho também ajudou a que que me motivasse ainda mais a seguir esta profissão
Lembra-se por quanto vendeu a primeira casa há 20 anos?
Não me recordo do valor certo. No entanto, sei qual foi o apartamento, quem o comprou e que empresa o construiu. O primeiro nunca se esquece
Qual foi o desenvolvimento do setor?
Como devem calcular, em 20 anos de atividade, já foram muitas as fases do mercado pelas quais eu passei. Quando iniciei, o mercado estava sobrelotado de empresas de mediação imobiliária, no entanto, com crise dos anos 2009/10 houve muitas empresas a desaparecerem. Foram tempos complicados, sem dúvida, mas recordo-me das palavras da minha mãe : Luis, em tempo de tempestade, não vamos surfar, vamos apenas agarrar-nos a prancha para não cairmos. O que é certo é que tinha razão e muitos caíram. Nos dias de hoje, o setor, infelizmente, está completamente desregulado e uma das batalhas que tenho tido nestes 20 anos é que se controle cada vez mais as transações imobiliárias de modo a que tenham de ter sempre intervenção de um mediador imobiliário certificado e que, por outro lado, que se controle a emissão de licença AMI. É assustador o número de pessoas que, neste momento, esta nesta atividade, por vezes até com porta aberta, sem qualquer tipo de formação ou licenciamento.
O que se passa no concelho para os preços terem disparado tanto?
Os preços não dispararam. Os preços acompanharam a crescente procura… Parece que é a mesma coisa mas não é. O nosso concelho, e digo isto há anos, tem características naturais que lhe permite ser muito atrativo. Eu sempre vendi Almeirim como sendo o centro geodésico das Estradas de Portugal porque, efetivamente, o empresário que venha viver para a nossa cidade e que tenha de circular pelo País , pode decidir, de manhã, onde ir e estar praticamente a mesma distância do Porto como de Faro para não falar que estamos a 40 minutos de Lisboa e da Margem sul. Não fui o único a ver isto, os empresários decidiram que Almeirim, efetivamente, é uma excelente cidade para se estabelecerem tanto a nível pessoal como profissional. Juntando a isto o facto de termos um Poder local com capacidade para promover, e muito bem, a nossa Cidade fez com que investimentos como a Base Logística da Mercadona acontecessem e este, em concreto, foi o que mais fez disparar alguns valores.
As crianças que estão a nascer agora vão, daqui a 30 anos, conseguir ter casa na cidade?
Claro que sim! Sem dúvida! O mercado imobiliário, e é uma das coisas que mais apaixona, encontra sempre forma de responder a todos os cenários. Responde sempre a todos os cenários de crise! Os nossos filhos, certamente, que vão ter as suas casas, no entanto, para que isso se concretize, terá de haver um forte apoio e contínuo da banca e, principalmente, dos Governos de Portugal.
O que mais o cativa no setor?
O que sempre me fascinou na minha atividade e citando Massimo Forte: «É um negócio de pessoas para pessoas!» Adoro trabalhar com o público e, sem dúvida alguma, adoro cumprir a minha missão de concretizar ou ajudar a concretizar os seus sonhos.
O que é preciso para ser um bom vendedor?
Seriedade e Honestidade. São as bases fundamentais para qualquer vendedor ou empresário. Nunca serei o melhor nem o pior certamente! Mas a minha porta está aberta há 20 anos! Sempre com a mesma camisola sem andar a saltar de empresa em empresa. Custa-me imenso ver como existem empresas e vendedores da nossa atividade e que estão no nosso concelho a trabalhar que alteram resultados de vendas, que promovem vendas fictícias! Não pode valer tudo !!
Como é trabalhar na família Feel?
Fácil! Mas, acima de tudo, com um orgulho de pertencer a uma família que é somente dos melhores grupos empresarias do nosso País. Quero agradecer ao meu sócio André Mesquita e à Dra Filomena Silva por me terem proporcionado a integração nesta Família.
Quais os desafios para o futuro?
O nosso desafio para o Futuro é fácil : evoluir todos os dias para que possamos servir cada vez melhor os nossos clientes!
Quais os desejos para 2025?
Saúde e Paz… e que baixem as taxas de juro. (risos)