Mário Soares

No próximo dia 7 de dezembro comemora-se o centenário do nascimento de Mário Soares, antigo secretário-geral do PS, primeiro-ministro e Presidente da República, figura maior da democracia portuguesa. Em tempos tão incertos e conturbados como os que atualmente vivemos, é esta a ocasião propícia para um debate profundo sobre o pensamento de Mário Soares, a sua vida e a sua luta por um Portugal moderno e democrático.

Nascido em Lisboa, desde cedo se destaca como opositor à ditadura, pelo que foi detido uma dúzia de vezes pela PIDE, conheceu os calabouços do Aljube e de Caxias e mais tarde o exílio distante em S. Tomé.

Foi um dos fundadores do Partido Socialista em 1973 na cidade alemão de Bad Münstereifel. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, Mário Soares surge como a figura maior da defesa dos ideais de liberdade e democracia pelos quais o País ansiava, opondo-se a quaisquer extremismos de direita ou de esquerda. 

Em 25 de novembro de 1975, como resposta à sublevação e tentativa de tomada do poder por radicalismos da extrema-esquerda comunista, deve-se muito à coragem de Mário Soares o impedimento do desvio democrático que se preparava, contrariamente aos dirigentes mais importantes da direita de então, que descrentes se eclipsaram ou remeteram a cauteloso silêncio.

Recorde-se que Almeirim há muito, e em vida, homenageou Mário Soares, dando o seu nome a uma das suas artérias. Recentemente, seu filho João Soares esteve numa escola desta cidade a conversar com alunos da disciplina de Cidadania sobre a vida do seu pai. Perante o interesse demonstrado pelos jovens, pode dizer-se que, hoje tal como ontem, Soares é fixe!

Gustavo Costa – PS Almeirim