As Câmaras Municipais têm o dever de preservar o bem-estar dos seus cidadãos. Como é possível que se continue a ver cenas dantescas cada vez que cai uma chuvada no nosso Concelho, principalmente na cidade de Almeirim? Ruas que parecem rios, as pessoas a tentar ajudar a que a água escoe e as tampas de esgotos abertas. Só quem não é de Almeirim é que nunca viveu estas situações.
Atualmente, com a emergência climática que estamos a viver, estes fenómenos extremos irão ocorrer com mais frequência. Não podemos ignorar que as intempéries extremas ou os períodos de seca vão ser uma realidade com a qual teremos de lidar, por isso temos de prevenir.
Não podemos fechar os olhos a esse facto, como se nada se estivesse a passar. Não queremos que em Almeirim aconteça situações tão graves ao ponto de se tornarem catástrofes, veja-se o caso de Valência.
É inadmissível que não haja qualquer plano de ação para reforçar as infraestruturas municipais, que já eram insuficientes, para fazer face às situações climáticas extremas, prevenindo danos graves para pessoas e património.
Temos de mudar este rumo de deixar de lado apenas as obras “bonitas” e não fazendo obras estruturantes. Veja-se como bom exemplo o Plano Geral de Drenagem de Lisboa, uma obra invisível, que vai reduzir significativamente as inundações e cheias e que permite a reutilização de águas para lavagem de ruas, regas de espaços verdes e reforço de redes de incêndio.
É preciso sentido de responsabilidade e um grande sentido estratégico, do ponto de vista ambiental, coisa que não tem sido feita pelo executivo socialista, mas que pode ter graves consequências no futuro.
João Lopes – PSD Almeirim
