“O ano passado foi o ano zero”

O treinador do Hóquei Clube Os Tigres, Luís Miguel Cunha, está confiante com o trabalho realizado e, em entrevista, fala da formação e nos objetivos para médio prazo.

Luís Miguel Cunha, treinador da equipa sénior dos Sub-19, a época está a começar como desejavam?

É verdade, começamos bem. Acho que ainda podemos crescer um pouco mais, mas sim, é sempre bom começar com vitórias e foi o que aconteceu até agora. Vamos continuar a tentar manter o registo, sabendo que é um campeonato difícil e que precisamos todos de um pavilhão que esteja bastante cheio para o mesmo e que seja o sexto jogador.

O que é que a Direção lhe pediu, como objetivo, para a participação deste ano, no campeonato da terceira divisão?

O objetivo é ficar nos cinco primeiros. É esse o objetivo que a Direção pediu, mas acho que, de jogo a jogo, vamos até onde nos deixarem ir. Vamos ver até onde conseguimos ir. Temos um plantel com mais qualidade do que o ano passado. O trabalho está a ser sustentado, temos jogadores com formação, somos um plantel cem por cento “Ribatejo”. Penso que, semana após semana, temos melhorado. Cada vez temos mais pessoas a apoiar, e isso, numa estrutura de 3ª divisão é importante. Claro que sabemos que iremos ter altos e baixos, e esperamos manter a equipa sempre concentrada para que haja bons resultados este ano.

Há pouco dizia que a equipa está melhor que o ano passado. Houve essa preocupação de querer melhorar e procurar a lacuna?

Sim, o ano passado foi o ano zero. Joguei com vinte e poucos jogadores, que é uma coisa que não faz sentido, mas foi assim que imaginamos o projeto. Fomos buscar alguns jogadores que estavam parados, recuperamos alguns jogadores. A primeira volta foi muito dura, como toda a gente viu, mas depois começamos a aproveitar mais a nossa formação e fizemos uma segunda volta, onde penso que só perdemos um jogo ou dois. Este ano sim, o presidente manteve o foco nos jogadores da formação, que é o que temos, e fomos buscar mais quatro jogadores aqui da zona, e que são jogadores que vão acrescentar qualidade à equipa, juntando ao que já cá tínhamos. Acho que é o plantel mais equilibrado.

O facto de ser também treinador dos Sub-19 aumenta também a carga para quem trabalha, para quem é o treinador, e ainda é professor a tempo inteiro. Mas dá aqui essa perspetiva de trabalho de continuidade, também num outro escalão da formação.

Tudo se vai fazendo, já fiz isso noutros clubes. Sei que no final da época vou estar bastante cansado, mas também tenho uma equipa técnica a apoiar-me, neste caso o Mário Serra, o Diogo, o professor de Educação Física César, que é já uma estrutura maior, que faz com que eu tenha também um pouco mais de espaço para pensar noutras coisas.

O que é que, para si, tem que acontecer no final de temporada? Nos Sub-19 e nos Seniores?

Sinceramente, eu sou uma pessoa muito ambiciosa. Eu acho que o melhor é continuar este trabalho, e tentar colocar o nome de Almeirim onde é merecido. É para isso que trabalhamos. Não sei se será já este ano, eu gostaria que fosse, que déssemos mais um passo, mas também sabemos que há mais equipas a querer fazê-lo, e se calhar até mais apetrechadas que nós. De qualquer maneira, o objetivo é, no final do ano, ficar com a consciência que demos mais um passo em frente. Se esse passo em frente for a 2ª divisão ficarei muito mais contente do que se ficasse na 3ª. Com os Sub19, é sem dúvida tentar levá-los, mais uma vez, às nacionais. Os miúdos vão crescendo e vão dando apoio à equipa sénior, como fizeram o ano passado.