Terrenus, um projeto de Rui Reguinga, no coração do Parque Natural da Serra de São Mamede

Este ano, o projeto Terrenus, de Rui Reguinga, comemora duas décadas de excelência na vinicultura em plena Serra de São Mamede. Ao longo deste período, o enólogo tem criado vinhos que expressam a singularidade do terroir de Marvão e honram a tradição vinícola portuguesa. 

Em 2024, o projeto Terrenus, do enólogo Rui Reguinga celebra duas décadas de dedicação à produção de vinhos de excelência feitos a partir de vinhas velhas próprias, cultivadas em terrenos situados dentro dos limites do Parque Natural da Serra de São Mamede, na região do Alto Alentejo. Ao longo destes 20 anos, Rui Reguinga tem assumido o compromisso de produzir referências de alta qualidade, que refletem a singularidade do terroir de Marvão e a tradição vinícola nacional. No final deste ano, Rui Reguinga irá apresentar novas referências ao mercado, ampliando e enriquecendo o seu portfólio com vinhos de excecional qualidade.

Rui Reguinga é reconhecido como um dos principais enólogos de Portugal, destacado pela sua habilidade e compromisso com o terroir. O seu trabalho valeu-lhe o prémio de “Enólogo do Ano” pela Revista de Vinhos, em 2009, além de diversas medalhas e prémios pelos vinhos que produz. Também tem sido convidado a integrar o júri de renomados concursos internacionais, como o International Wine Challenge, o Concours Mondial de Bruxelles e o Decanter World Wine Awards.

Nascido em Almeirim, no Ribatejo, Rui Reguinga cresceu numa família com profundas raízes no mundo da vinha e do vinho. Filho e neto de vitivinicultores, desde cedo, alimentou o sonho de seguir uma carreira na área. Esse desejo concretizou-se quando se licenciou em Engenharia Alimentar pelo Instituto Superior de Agronomia de Lisboa. Posteriormente, aprofundou os seus conhecimentos com uma pós-graduação em Marketing de Vinhos pela Universidade Católica do Porto e uma especialização em “Dégustation des Vins” pela Universidade de Bordéus.

Em 1990, fez um estágio na famosa região de Champagne, onde começou a consolidar a sua formação internacional. Pouco depois, ingressou na equipa de João Portugal Ramos como enólogo assistente, onde deu os primeiros passos na sua carreira profissional. Em 2004, fundou a sua própria empresa de consultoria, permitindo-lhe trabalhar em projetos vinícolas em diversas regiões de Portugal, como Douro, Dão, Beira Interior, Ribatejo, Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo e Madeira. O seu vasto conhecimento dos diferentes terroirs portugueses e a sua experiência internacional levaram-no a tornar-se o primeiro enólogo português a oferecer consultoria em países como Brasil, Argentina e Sri Lanka. Esta atividade internacional rendeu-lhe o título de “enólogo voador” na imprensa portuguesa.

Após ganhar este “apelido”, decidiu estabelecer-se no Alto Alentejo, mais especificamente no coração do Parque Natural da Serra de São Mamede, onde passou a concentrar-se plenamente no desenvolvimento do seu projeto Terrenus, dedicando-se minuciosamente a cada pormenor. Atualmente, lidera diversos projetos de sucesso em Portugal e internacionalmente. No entanto, é na criação dos seus próprios vinhos que concentra a maior parte da sua atenção, sempre em busca de expressar de forma autêntica o caráter e o potencial do terroir de onde provêm.

O Terrenus nasceu no Alentejo, em vinhas situadas entre 600 e 750 metros de altitude, dentro do Parque Natural da Serra de São Mamede. Com 12,5 hectares, distribuídos por sete parcelas, a região oferece um microclima único que favorece maturações lentas, resultando em vinhos frescos, com boa acidez e menor teor alcoólico. As vinhas convivem com oliveiras, castanheiros e cerejeiras, criando um terroir diferenciado.

As primeiras duas parcelas do Terrenus, adquiridas por Rui Reguinga em 2004, são vinhas muito velhas e cultivadas ao estilo francês de clos, delimitadas por muros de pedra. Com solos xistosos a norte e graníticos a sul, as vinhas têm uma média de idade de 40 anos para o Terrenus, 90 a 100 anos para o Terrenus Reserva e vinhas centenárias para os vinhos de parcela única. Todas as castas plantadas são portuguesas, com variedades brancas como Arinto, Fernão Pires, Bical e Moscatel Branco, e tintas como Trincadeira, Alicante Bouschet, Aragonez e Castelão, entre outras.

O projeto Terrenus adota uma viticultura 100% orgânica, sem herbicidas, e busca uma simbiose com a flora e fauna local. O respeito pela natureza é fundamental, convivendo com animais, como o javali, que habitam a Serra de São Mamede, refletindo a harmonia entre a vinha e o ambiente.

“Ao longo destas duas décadas, dediquei-me à criação de vinhos que traduzam de forma única o terroir de Marvão. A preservação das vinhas antigas e a constante inovação enológica são fundamentais para demonstrar como tradição e modernidade podem coexistir, resultando em vinhos de exceção. A nossa premissa é simples: um grande vinho nasce na vinha. Para criar vinhos realmente excecionais, é essencial um trabalho minucioso na vinha, com total atenção a cada detalhe. Sempre com o respeito pela natureza, procuramos uma viticultura com mínima intervenção, num contacto profundo com a terra.”, realça Rui Reguinga.

No próximo mês de dezembro, Rui Reguinga apresentará os vinhos Terrenus Vinha da Serra branco 2023 (30 euros) e Terrenus Clos dos Muros tinto 2021 (100 euros), e, em janeiro de 2025, o Terrenus Reserva Vinhas Velhas tinto 2019 (40 euros), expandindo e aprimorando o seu portfólio com vinhos de grande qualidade. Os vinhos estarão disponíveis em garrafeiras especializadas, lojas gourmet e na restauração, assim como no website do projeto.