Tenho escrito por várias vezes, neste espaço, da necessidade de mudança, alternância, da renovação de ideias, mas principalmente na forma de as aplicar, transmitir e comunicar.
Penso que não é novidade para ninguém, que apesar da mudança de algumas caras principais, a forma e conteúdo com que o nosso concelho tem sido gerido, é muito semelhante nas últimas décadas. O que alterou foi o estilo, talvez mais brejeiro e vingativo, sem olhar a quem.
Nas últimas décadas, também estive envolvido em vários projectos, sendo a uma só voz, ou em coligações, e não tenho dúvidas que eram bons projectos, com boas pessoas, humanas e desinteressadas da política. Mas com a disponibilidade e a coragem, sim coragem, de darem a cara, o nome e corpo a alternativas ao regime vigente.
Sinto e penso que, não foi perda de tempo, mas as pessoas deixaram de querer dar a sua opinião/voto, deixando aqueles que dependem do regime, quase eterniza-lo no poder e alimentar assim egos e “barrigas”.
Há mais vida para além da política, mas quando se olha para o associativo, lá estão a comandar, bloquear, dominar e manter o status quo do regime, em toda a sua potencial capacidade de intervenção. Deixamos de ter grupos em que se faziam festas, romarias, cortejos, etc, para angariação de fundos próprios, para estarem constantemente a “pedir à câmara” um apoio, “esquecendo” que isso dá origem a mais e maiores imposto.
Questiono a todos que, sabendo que o voto é um direito, assim como um dever, porque não exercem!?
Nestas décadas, fui ouvindo fora e dentro de campanhas, muita gente a descordar constantemente, mas que não querem mudar, não por desacordo, mas por receio! Assim se mantem os regimes.
Não vale tudo para manter o regime, assim como não vale tudo para quebrar o regime, mas basta de só pensar e dizer baixinho, é hora de integrar e votar!
João Vinagre – CDS Almeirim