Mais umas eleições se realizaram num País com tantas ligações aos Portugueses, em especial aos Madeirenses – a Venezuela. Peço desculpa por chamar eleições àquilo, mas parece que é assim que se chamam. Vamos fingir que são livres e democráticas.
O ato eleitoral começou com vários deputados do PPE, entre eles Sebastião Bugalho, a serem barrados no Aeroporto. Um claro indício do espírito democrático, ou melhor, da falta dele pelos seus dirigentes.
A Venezuela deveria ser um caso de estudo sobre todas as políticas que não se devem realizar. Sendo um País com enormes reservas de petróleo, seria de esperar que tivesse prosperado, mas, infelizmente, a cúpula do poder foi tomada por pessoas que desprezam a liberdade, principalmente a liberdade económica, os direitos humanos e a democracia. Fazem discursos como se estivessem preocupados com o povo quando, na verdade, estão apenas preocupados em manter-se no poder.
A Venezuela gera hoje uma riqueza por habitante menor que em 1980. A inflação para 2024 deverá atingir os 100%. A taxa de desemprego é acima dos 35%. Milhões de pessoas emigraram da Venezuela e o nível de pobreza é gritante. O nível de insegurança motivado pelos roubos é algo de atroz. Sem falar na violência dos assaltos.
Entre as políticas de maior impacto temos alguns dos “clássicos socialistas”, controlos de preços, congelando os mesmo a níveis que levam as empresas à falência e os aumentos de salários automáticos, que geram inflação e levam as poucas empresas que resistem a fechar. As consequências? Enormes. Para além das acima referidas há ainda o racionamento de bens, a falta de eletricidade, a saúde em falência e claro, uma vida menos miserável, com cabazes alimentares a quem estiver disposto a militar no partido “certo”. Bem-vindos ao paraíso do socialismo!
Será desta que a liberdade volta a ganhar? E a que custo?
João Lopes – PSD Almeirim