Protesto com Movimento proTEJO

Cidadãos portugueses e espanhóis do Movimento proTEJO estiveram hoje, dia 26 de setembro, em frente do Ministério do Ambiente, na rua do Século, em Lisboa, Portugal, e do Palácio Real, em Aranjuez, Espanha, para reivindicar um acordo ibérico que consagre um verdadeiro regime de caudais ecológicos em todo curso ibérico do rio Tejo.

Esta demanda é realizada em coordenação com a Rede Ibérica do Tejo, que o proTEJO integra, a qual esteve no Palácio Real de Aranjuez enquanto as Ministras do Ambiente portuguesa e espanhola se reuniam à porta fechada para assinar um acordo, que ninguém conhece, numa penumbra de falta de transparência.

Segundo o Diário de Notícias de hoje, Portugal vai perdoar uma dívida de “40 milhões de euros, relativa a 20 anos de consumos de água de Alqueva por parte dos agricultores espanhóis”, e autorizar o projeto de implementação da bombagem reversível hidroelétrica na barragem de Alcântara, em troca de caudais mínimos diários que não acrescentam nada, nem asseguram um regime de caudais ecológicos nos rios ibérico, nomeadamente, no rio Tejo, conforme expresso abaixo.

A ser assinado um acordo nestes termos, trata-se-á de um acordo cheio de nada, em troca de valores avultados (40 M€) e de projetos importantes para Espanha que reforçam a dependência de Portugal que, no rio Tejo, continuará submetido à vontade de gestão da água de Espanha.