A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) promoveu mais uma edição das “Vindimas de Fernão Pires do Tejo”, iniciativa que se estreou em 2018, tendo como palco a Casa Cadaval. Seguiram-se as edições de 2020, na Quinta da Lapa; de 2021, na Companhia das Lezírias; de 2022, na Quinta do Casal Branco; e, este ano, na Quinta da Alorna.
No ano passado o tempo de vindimas foi reservado à Castelão, também rainha da região, mas no que toca às castas tintas. O evento deste ano aconteceu na segunda-feira, dia 19 de agosto, tendo reunido cerca de quarenta convidados, entre organização, produtores, jornalistas, bloggers, instagrammers, sommeliers e representantes de garrafeiras. Um momento de aprendizagem, da vinha ao vinho, mas também de grande convívio, em torno do vinho, da gastronomia, da cultura e do património da região. Quem marca presença, sai de alma cheia e sorriso na cara.
O dia começou no jardim do palácio da Quinta da Alorna, com um enquadramento sobre a região – conduzido por Luís de Castro, presidente da CVR Tejo – e o produtor anfitrião, seguindo-se a ida para o campo propriamente dita. Foi ali que começaram os trabalhos, de mãos, neste caso, com o corte das uvas. O grupo foi recebido pelo administrador Pedro Lufinha, pela diretora de enologia Martta Reis Simões e pelo enólogo Luís Lérias. Se as honras da casa couberam ao primeiro porta-voz, na vinha foi a vez de Martta ter a palavra, explicando a especificidade daquele terroir – vinha em calhau rolado, de onde tem origem a mais recente gama de vinhos da Quinta da Alorna. Com a marca Reserva das Pedras, o primeiro de todos e o único branco que nasceu desta vinha, na vindima de 2018, é precisamente um Fernão Pires, recentemente premiado como o melhor nesta categoria no Concurso Vinhos do Tejo 2024.
Antes de se passar para a pisa a pé, em lagar de inox, os trabalhos manuais prolongaram-se, desta vez, na adega, com uma criteriosa seleção dos cachos, na mesa de escolha. Parte do fruto colhido foi também direcionado para uma ânfora, a fim de uma vinificação diferenciada, cujos resultados a equipa da Quinta da Alorna prometeu ter direito a prova, no copo. Da adega para o palácio, seguiu-se uma prova didática com 11 monocastas de vários produtores (consultar lista de vinhos), conduzida pelos mesmos e pelo sommelier Rodolfo Tristão, que deu início aos trabalhos com um enquadramento sobre a casta, cada vez mais rainha na região dos Vinhos do Tejo. No final, os presentes foram brindados com um delicioso churrasco, em plena vinha.
A Fernão Pires é a variedade branca mais plantada em solo nacional, com uma quota de 7%, sendo que é na região dos Vinhos do Tejo que tem a sua maior expressão: ocupa 4.715 dos cerca de 13.700 hectares totais. No que toca ao Tejo, representa 37% do encepamento da região, que ocupa 12.847 hectares. No que toca aos vinhos são, atualmente, mais de 60 as referências de monocastas, isto depois de um crescimento bastante acentuado desde 2020, ano em que rondavam menos de metade. Nesta mão cheia de anos houve um incremento de 38 referências: 4 em 2020, 9 em 2021 e 2022 e 8 em 2023 e este ano, ainda não finalizado.
VINHOS DA PROVA
Pitada Verde
Campo do Tejo Fernão Pires by Pitada Verde Batista’s branco 2023
PVP: €4,00
Adega de Almeirim
Campo do Tejo Fernão Pires by Adega de Almeirim branco 2023
PVP: €5,49
Quinta da Ribeirinha
Contracena Espumante Pet Nat Fernão Pires branco 2023
PVP: €13,50
ODE Winery
ODE Fernão Pires branco 2023
PVP: €17,00
Adega do Cartaxo
Adega do Cartaxo Tejo Fernão Pires branco 2022
PVP: €14,50
Casa Cadaval
Casa Cadaval Fernão Pires branco 2023
PVP: €16,00
Companhia das Lezírias
Companhia das Lezírias Séries Singulares Fernão Pires branco 2020
PVP: €24,90
Herdade Tinto e Branco
Gutta Supera branco 2021
PVP: €16,80
Casal da Coelheira
Casal da Coelheira Amphora Curtimenta Fernão Pires branco 2023
PVP: €15,00
Quinta da Lagoalva
Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires branco 2022
PVP: €29,90
Quinta da Alorna
Quinta da Alorna Reserva das Pedras branco 2018
PVP: €19,99