Eufória, a nova banda de rock português que persegue o reconhecimento do público

Afonso Bastos, Diogo Figueiredo, Diogo Videira e Edgar Rodrigues são os elementos da banda de originais de rock português ‘Eufória’, que, no passado dia 10 de junho, lançaram o seu primeiro single “Olhos nos Olhos”. Os ‘Eufória’ estão baseados em Fazendas de Almeirim, desde agosto de 2023. Os músicos conhecem-se de um projeto anterior e agora querem mostrar realmente o que valem enquanto artistas, desenvolver a sua verdadeira criatividade e paixão pela música, e não estar sempre “a tocar a música dos outros”. 

Quando é que nasceu a vossa banda e o que é que inspirou este nome?

A nossa banda nasceu em Agosto de 2023, não sabemos precisar o dia! Foi um dia entre ‘Jams’ que andávamos a combinar para matar saudades. Escolhemos Eufória como nome da banda depois de muitas tentativas de alguns outros nomes, e Eufória acabou por ser o que achámos melhor. 

Qual é a história por trás da formação da banda e como vocês se conheceram?

Ora bem, tudo começou com o Edy (Edgar) e com o Figueiredo (Diogo) já há talvez 6/7 anos. Eles tocavam com outro colega mais pela brincadeira. Entretanto, por volta de de 2017, dei-me a conhecer ao Figueiredo e combinamos uma tarde para estarmos juntos com alguma rapaziada das Fazendas no estúdio que ele tem em casa dos pais. Íamos metendo músicas entre todos e eu, como sou algo de extrovertido, fingi logo ser o Klaus Meine dos Scorpions a cantar a “Wind of Change”. O Figueiredo gostou e perguntou-me se não gostaria de formar uma banda com um certo pessoal. Entretanto, combinou-se um dia, onde estávamos presentes eu, o Figueiredo, o Edgar e um outro baterista com quem tocámos na altura. Todos gostaram da minha prestação e daí formámos a nossa primeira banda de covers chamada “Unplugged”. Devido a uma desistência por parte do baterista, eu lembrei-me do nosso Dt (Diogo Videira) para substituir o anterior. Ambos Figueiredo e Edgar desconheciam a sua existência e, assim que ele mandou os primeiros toques, ficaram-lhe rendidos. Ainda estivemos alguns meses ativos, muito desfasados devido a muita gente não nos contratar relacionado à nossa idade na altura, até que tivemos que por fim ao nosso projeto inicial derivado ao nosso baixista ter emigrado. Assim começou a nossa história. Passado todos estes anos decidimos reunirmo-nos mais uma vez devido às saudades que tínhamos de tocar todos juntos, por querermos mostrar do que realmente somos capazes de fazer enquanto músicos, mas também por ser o que realmente gostaríamos de fazer a tempo inteiro.

Como é que descreveriam o estilo da vossa música?

Definitivamente rock. Agora que tipo rock é que é? Nem nós ainda chegámos a uma conclusão. Talvez um rock a puxar para o progressivo.

O que é que pretendem transmitir com as vossas músicas?

Pretendemos partilhar as nossas emoções com o público, ser um encosto para quem necessitar dele e, acima de tudo, mostrar que o rock português ainda está vivo. Acreditamos que existem bastantes pessoas que sentem o mesmo que as nossas músicas transmitem, tanto a nível letrista como a nível de crescendo que cada música possui.

Porquê rock e não outro estilo?

Todos os integrantes da banda possuem um estilo musical versátil. O que todos temos em comum é mesmo o estilo Rock.

Quais foram os artistas que vos inspiraram?

(Afonso) É difícil escolher só um artista ou banda que me inspiram mas, sem dúvida, o meu top três é o Chris Cornell, o Robert Plant e os Led Zeppelin no geral e o nosso António Variações.

(Dt) São tantas que não consigo enumerá-las.

(Figueiredo) Também tenho imensas mas assim as maiores são o Mark Knopfler, o Slash e os Guns N Roses no geral, Iron Maiden, Steve Vai e por aí vão elas.

(Edy) As minhas influências vêm de bandas como Black Sabbath e Kyuss.

Qual foi o desafio mais difícil que a banda enfrentou?

Achamos que um dos desafios mais difíceis já começou, sendo ele o lançamento e a promoção da nossa banda para tentarmos ser “alguém” neste meio em Portugal.

Que instrumento musical diriam que é indispensável para a banda?

Todos os instrumentos presentes na banda são fundamentais. Sem qualquer um deles não existe Eufória.

Acabaram de lançar o primeiro single. Já pensam no álbum?

Já pensámos e já estamos a desenvolver o primeiro álbum. Ainda não tem nome nem data de lançamento mas há de ser para breve. Todas as músicas que estarão presentes neste mesmo álbum já estão finalizadas estruturalmente, falta a gravação das mesmas e o seu lançamento claro. Já temos mais uma ou duas músicas finalizadas por completo e à espera para serem lançadas mas tudo a seu tempo.

Qual é a maior ambição da banda em termos de conquistas no mundo da música?

Não é a fama mas sim o reconhecimento por parte do público português. Somos uns “putos” que estão a iniciar a vida profissional nesta área e esperamos que um dia sejamos reconhecidos por todo este trabalho que já começou e há-de vir, se Deus quiser. Ambicionamos também o renascimento do rock em Portugal, sobretudo em português, pela nossa parte e pela parte de todas a bandas que estão a começar como nós e ainda estão por ser descobertas.