Coruche recebe, a 29 e 30 de junho, a estreia única do Festival Terras sem Sombra (TSS) em terras do Ribatejo. O evento destaca um concerto “aquático” do ensemble La Nave Va, intitulado “Música a Bordo: Navegando por Águas dos Séculos XVII e XVIII”, realizado numa embarcação tradicional no rio Sorraia, em plena praia fluvial.
O momento musical integra a programação da 20.ª edição do TSS, que celebra a fusão de música, património e biodiversidade. Além do concerto, o festival promove um percurso sobre o património cultural, focado no tema “Devoção e História: O Santuário de Nossa Senhora do Castelo e o Centro Medieval de Coruche”, com uma visita guiada ao santuário e ao centro histórico da Vila.
Na vertente da biodiversidade, haverá uma ação dedicada à cortiça, com uma tiragem demonstrativa na Herdade de São José da Lamarosa, sublinhando a importância do montado e do sistema agro-silvo-pastoril da região. O TSS oferece um fim de semana repleto de eventos que evidenciam a riqueza histórica e natural da Capital Mundial da Cortiça.
O fim de semana de 29 e 30 de Junho traz a Coruche uma estreia absoluta: um concerto “aquático”, sulcando as águas do rio Sorraia, no Festival Terras sem Sombra (TSS). O terceiro concerto da 20.ª edição desta temporada musical arreigada ao Alentejo encontra novos horizontes contíguos à planície, em pleno Ribatejo. Num momento único de música, património e biodiversidade, o TSS apresenta, em parceria com o Município de Coruche, um festival que se afirma no panorama nacional e internacional.
Subordinado ao tema «‘Liberdade, quem a tem chama-lhe sua’: Autonomia, Emancipação e Independência na Música (Séculos XII/XXI)», o TSS vem, desta feita, ao encontro de terras coruchenses para um concerto marcado pela singularidade. Em noite de verão, o concerto entregue ao talento do ensemble La Nave Va decorre na Praia Fluvial do Sorraia num convite a fruir a grande música junto a um curso de água que marca a geografia e a história de Coruche. Fonte de vida, abundante em recursos naturais, a serenidade do rio imprime o tom ao momento musical, a 29 de Junho, pelas 22 horas, subordinado ao tema «Música a Bordo: Navegando por Águas dos Séculos XVII e XVIII».
O palco, instalado numa embarcação tradicional recentemente recuperada, reúne o quarteto de virtuosos para uma viagem musical que se faz em torno de obras de nomes maiores como Marc-Antoine Charpentier, Georg Friedrich Händel, Jean-Baptiste Drouart de Bousset, Pedro Lopes Nogueira e Henry Purcell. A António Carrilho competem a direção musical e as flautas. Carrilho é um notável intérprete de flauta de bisel, pedagogo e maestro, várias vezes premiado. Organiza os Cursos Internacionais de Música Antiga da Casa de Mateus.
Ao palco sobe também Duncan Fox (violone), um estudioso de instrumentos de corda e de tecla de época, dando especial atenção ao violone. Helena Raposo (tiorba e guitarra barroca) tem atuado em Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Itália e Alemanha, com diversos ensembles, tanto como solista, como contínuo/acompanhamento. É diretora artística e professora no Early Music Summer Camp, em Castelo Novo. O quarteto completa-se com Armando Possante, barítono que se apresenta regularmente como solista em recital, oratória e ópera, tendo colaborado com as principais orquestras e maestros do País.
Quatro vultos de peso para uma noite inesquecível, embalada pelas águas suaves do Sorraia.