Ana Rita Coelho regressou a Almeirim, há pouco mais de um ano, para abrir um espaço especializado em seguros e/ou produtos financeiros comercializados pela Fidelidade.
O que levou a seguir este ramo?
Sendo eu, formada em matemática, sempre tive interesse na área atuarial, assente em muitos princípios da minha formação e com grande componente social. Não é demais observar que a área atuarial (Seguradora), muitas vezes não reconhecida por todos, tem como objetivo principal a proteção social. De uma forma simplista, o racional por detrás da atividade seguradora é a de muitos comparticiparem de forma económica/financeira para o “infortúnio” que se quer que sejam poucos. Quanto maior a ocorrência de adversidades maior será a comparticipação de todos. Esta é a visão principal do meu interesse para esta área, conjugada pela oportunidade que surgiu na aquisição de uma carteira de seguros.
Qual a experiência já adquirida?
Após um ano e meio de atividade, verifica-se que a literacia financeira, onde se poderá também incluir esta área, não está consolidada e estou crente que não é só no nosso concelho, mas sim de uma forma geral/global/nacional. A perceção que tenho é de que o seguro não é abordado como referido anteriormente, a população, por desconhecimento, interpreta-o como um encargo sem o entender muito bem. Penso que deveria, à semelhança, do que existe com o controlo rodoviário e inspetivo das condições de circulação rodoviária, onde se inclui a fiscalização da existência do respetivo seguro obrigatório, haver outras ações para a verificação de outros seguros obrigatórios como é o caso nas propriedades horizontais, como outros, mesmo que não obrigatórios, são de relevante importância. Veja-se o que ocorreu com o incêndio ainda recentemente que vitimou uma munícipe e que, ao que parece, não possuía seguro tendo a câmara municipal disponibilizado para a sua recuperação. Possivelmente, poderia ser mais profícua a comparticipação de seguro a pessoas com dificuldade. Não é recorrente esta matéria ser abordada por profissionais de serviço social como um bem a ter em conta em pessoas com dificuldade económica, mas poderia ser como este caso, infelizmente, comprova.
O porquê do regresso a Almeirim?
Todos nós temos a nossa origem, eu sou de Almeirim, onde vinha ocasionalmente visitar os meus pais e família; apesar de não ter grande interação social e profissional com os almeirinenses, surgiu a oportunidade de conjugar o interesse que tinha por esta área, a promoção deste conceito que está em qualquer atividade do nosso dia a dia, quer seja, profissional, social, lúdico,.. e o local onde nasci, e cá estou.
Como tem corrido este período?
Tem sido um período interessante, quer para mim quer (julgo) para os clientes com quem me tenho relacionado. Onde a divulgação e elucidação do que é realmente um seguro, aliado, aos tempos atuais, à promoção que é feita pelas empresas em relação, por exemplo, à utilização de plataformas e equipamentos digitais e o retorno que essa via tem, na maioria dos casos, na redução do prémio, nem sempre parece percecionado pelas pessoas, que, como disse anteriormente, julgo ser motivado, pela pouca literacia atuarial conjugada com a utilização de tecnologia de informação, seja ela através de software ou hardware, e ainda uma população mais envelhecida dos quais temos muitos clientes e que tenho tentado informar/envolver.
O mercado em Almeirim está em crescimento? Porquê?
Pelo curto período desta atividade, não temos ainda uma perceção clara do crescimento. Temos mantido a maioria dos clientes, angariado outros. Julgo que temos a estratégia adequada, não só uma abordagem empresarial, mas sim, como mencionado anteriormente, a envolvência que o assunto “seguro” tem, e com certeza o potencial que a marca “Fidelidade”, que representamos, tem no mercado nacional, sendo líder, com a sua seriedade, longevidade, know how e branding que, em minha opinião, só esta consegue ter. Outra forma de crescer e que me parece pouco divulgada, é através de produtos de poupança/financeiros, que a Fidelidade, em meu entender, tem um dos melhor os produtos (poupança), pelo menos nos que se inserem em baixo risco, quer na sua remuneração quer na sua facilidade de mobilização, que aproveito esta oportunidade para desafiar os leitores a procurarem.
O que vos distingue?
Como tenho referido ao longo da entrevista, em qualquer ocasião/situação, em qualquer momento da nossa vida, ramo de atividade, até lúdica… a existência de seguro é fundamental. A nossa abordagem a qualquer cliente, em primeiro lugar, é mostrar a importância e informar o que é um seguro e o que está na origem da sua existência, não apenas algo que tem de existir, mas sim um bem com uma grande componente social. Posteriormente, o melhor produto para o interesse do cliente, conforme a sua pretensão, e, não menos importante, todo o seguimento que a Fidelidade faz no acompanhamento ao cliente no pós venda, onde existe um grande número de soluções, muitas delas, aplicações informáticas onde conseguem ver no momento a evolução da solução, como é o caso de sinistros automóveis, onde a solução passa pelo recurso a reboque (para mim e segundo opiniões que tenho recolhido de clientes e amigos, dos melhores acompanhamentos e solução). Para além da atividade principal que são os seguros, como referido anteriormente, temos, em meu entender, dos melhores produtos de poupança e outros que podem ser adquiridos e potenciados com possíveis benefícios fiscais.