Já antes aqui escrevi sobre a corrupção. Infelizmente, voltámos a ter suspeitas graves em relação a políticos eleitos e neste caso sobre eleitos do PSD.
Já o disse antes e volto a dizê-lo, para que não haja dúvidas: uma sociedade que se quer desenvolvida e moderna tem de crescer com base na meritocracia e não com escolhas enviesadas. A corrupção, o abuso do poder e o compadrio são uma grande ameaça para qualquer democracia.
Estes fenómenos de suspeição descredibilizam todos os políticos e dão votos ao radicalismo.
A Aliança Democrática tem como uma das suas prioridades nesta eleição o combate à corrupção. Não podia ser de outra maneira. O País não pode ficar refém de alguns (poucos) políticos desonestos que prejudicam Portugal.
Entre as decisivas e corajosas medidas de transparência e de combate à corrupção encontra-se a regulamentação do lobbying bem como a criminalização do enriquecimento ilícito.
Quanto ao lobbying, faz todo o sentido que seja regulado. Trata-se de tornar transparente todas as interações entre os grupos de interesse e os políticos. A UE, por exemplo, tem um Registo de Transparência que é uma base de dados online que lista os grupos e organizações que tentam influenciar a formulação ou implementação da política e legislação da UE.
Relativamente à criminalização do enriquecimento ilícito, não se pode aceitar que alguém com um salário de 4 mil euros mensal, antes de impostos, e que não tinha grande património antes de estar nas atuais funções governativas tenha casas de milhões e gastos claramente acima do rendimento que auferem. De onde vem o dinheiro?
Portugal tem de mudar de rumo. Estas medidas propostas pela AD são essenciais para Portugal.
João Lopes-PSD Almeirim