Se houve alturas na nossa história do País, em que os governantes pensavam nele como um todo, delineavam caminhos e objetivos para serem realizados em décadas ou séculos, hoje estamos muito longe disso.
Hoje em dia, vivemos num regime republicano e aparentemente democrático, mas com tempo marcado de início e fim, entre eleições. Assistimos, nos 4 anos entre eleições, a uma busca constante de tentar garantir a reeleição seguinte, realizando, pontualmente, algumas obras.
A incapacidade de, alguns daqueles que conseguem iludir a sociedade e, assim, ascendem ao poder, quererem realmente ajudar a sociedade numa caminhada com objetivo a médio ou longo prazo, faz com que estejamos num círculo infinito e viciado. Nele, nada mais fazem do que manter o status quo, por forma a não tomarem nenhuma decisão que prejudique o mesmo.
Uma vez mais estamos numa época do ano em que zonas do País sofrem de escassez de disponibilidade de água ou fenómenos severos, como fogos ou episódios climatéricos diversos. Se outros Países e noutras épocas pensaram e/ou desenvolveram alternativas para a falta ou escassez da água, por cá continuam a querem iludir que só dependemos da chuva.
Tem de se pensar, de uma vez por todas, de forma objetiva o, presente e o futuro das populações e da agricultura, pois por muito que não se queira aceitar, temos que cultivar para existir e existir para cultivar. Já estamos muito atrasados na construção de ligações, reservas e de alternativas para a produção e armazenamento de água potável.
Quanto tempo mais terá de se esperar para um plano Nacional, coletivo e abrangente, para o tema da água e florestas? Não podemos continuar a adiar porque “irá haver eleições”!
João Vinagre – CDS Almeirim