Se a democracia se faz com a diversidade de opiniões, pensamentos políticos e ideológicos, tal como na alternância nas políticas sociais e económicas, então é possível avaliar cada uma delas e perceber a que melhor serve a sociedade. Apesar disto, ainda existe quem não queira aceitar um caminho de melhoria no conjunto, em detrimento de uma pseudomelhoria assente na lapidação do esforço de um, para garantir o sustento de outro.
Se, em sociedade, temos de pensar num todo e em cada um dos indivíduos que a consiste, também não pode ser menos válido que, quem mais trabalha, mais desenvolve, mais produz, mais economiza, terá a pretensão de mais deter. Será justo garantir o sustento de alguém, por meio da máquina do Estado, usando, para isso, as receitas exigidas a quem trabalha, produz, desenvolve ou economiza, sob o véu dos impostos, de forma abusiva?
O Estado como máquina que é, é gerida por pessoas como qualquer outra máquina. Umas com interesse claro numa melhoria da Sociedade em todo o seu conjunto, mas outros com interesse claro em manter uma Sociedade discordante, dependente da máquina e tendenciosa.
Tal como a Sociedade e o Estado é constituída e geridas por pessoas, a Política é feita por pessoas. Mas tal como nas outras, também na Política há bons e maus políticos, e esses refletem-se, claramente, sobre a Sociedade.
Na política não pode valer tudo e nem tudo pode ser aceitável, mas analisar as ações, decisões e objetivos com visão crítica, nada mais é que pretender demonstrar que há outras formas de intervir e aplicar as políticas de servir a Sociedade.
A diversidade só é verdadeiramente válida quando aceitarmos essa mesma diversidade, e não só aceitar quando comungam da mesma.
Se todos fazem falta, todos devem participar. Para que ouçam e sejam ouvidos, é preciso assumir, sem preconceitos, os próprios pensamentos.
João Vinagre – CDS Almeirim