A Adega Cooperativa de Almeirim iniciou mais um ano de colheita, no dia 2 de agosto. Segundo os técnicos da empresa, a perspetiva é de bons vinhos e uma produção igual ou superior ao ano passado.
Produtores da Adega falaram exclusivamente ao jornal O ALMEIRINENSE sobre como está a correr esta campanha,”as uvas estão em bom estado, estão perfeitas”, afirmou Joaquim Sal que é também vice-presidente da cooperativa, “penso que vá correr bem, está a haver o grau, talvez até mais do que aquilo que se estava à espera”, disse o produtor José Serambeque.
Romeu Gonçalves, enólogo da adega, promete que esta colheita vai trazer vinhos brancos, bastante frescos e frutados, “queremos vinhos frescos, com boa acidez, bastante fruta, equilibrados, tropicais, ou seja, são vinhos que nos estão a entrar na casa dos onze graus”.
À semelhança dos anos anteriores, a colheita feita na adega vai trazer frisantes bastante conhecidos em todo o país, como é o caso do Cacho Fresco, Obelisco, Lezíria, entre outros.
Fábio Santos, engenheiro responsável pela produção, confessa ter grandes esperanças e que, comparativamente ao passado ano, a colheita vai demonstrar grandes números, “as perspetivas são boas. Em linha com aquilo que foi o ano passado, estamos a falar de cerca de 19 milhões de quilos de uvas brancas”.
Existem diversos processos e muitas pessoas envolvidas neste trabalho, desde a vindima até ao engarrafamento: “são cerca de 160 associados ativos, com entregas de uva neste ano de 2023, que representam cerca de 1150 hectares de vinha, entre Campo e a Charneca”, conclui o técnico.
As vinhas da Adega de Almeirim estendem-se por uma área de cerca de 1200ha e dividem-se por duas localizações: a Lezíria, onde se pode encontrar alguns dos melhores solos de toda a região, apresentando-se como a zona de excelência para os vinhos brancos, no qual a casta Fernão Pires é rainha, e a Charneca, onde os solos são mais pobres, mas que verificam um grande potencial para uma produção de uvas tintas de enorme qualidade.