A 4 de maio de 2021, o jornal O Almeirinense escrevia que a “entrada em funcionamento do barco para limpar a vala está atrasada e não há data para a entrada em funcionamento”.
Segundo foi explicado na Assembleia Municipal, o barco já está em Almeirim mas ainda guardado porque falta formação aos funcionários da autarquia que vão operar com o equipamento, ainda é preciso um atrelado e faltam, também, acertar detalhes com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).” A 9 de dezembro do mesmo ano, Pedro Ribeiro anunciava que “se tudo decorrer normalmente, até ao início na primavera podemos iniciar a limpeza desta linha de água.”
Mas volvido mais um ano, o problema não está resolvido e o equipamento continua a não ser utilizado para o efeito para o qual foi comprado. Para a autarquia, a falta de água é um problema e isso justifica o facto do barco não conseguir navegar com tão pouca água e nem há entendimento à vista com a APA para, através de diques, criar represas de água.
Até o PSD, numa visita recente ao concelho, disse que “se eu fosse presidente de câmara há muito tempo que isto já não estava assim, e portanto aqui o apelo que fazemos, diretamente ao Sr. Presidente da Câmara de Almeirim, na defesa das suas populações, das suas gentes, é que neste troço lindíssimo que já foi uma vala lindíssima que já existiu muita vida, existiam espécies ávicolas, espécies piscícolas, as crianças podiam nadar aqui e, neste momento, está aqui esta espécie invasora que ninguém faz nada e portanto, vimos também desta forma fazer um apelo para que haja uma resposta muito grande, não só dos agentes locais que são fundamentais, mas também dos agentes a nível do governo para que isto deixe de ser esta realidade triste que estamos aqui a testemunhar”, afirmou o deputado João Moura.
Pedro Ribeiro chegou também a afirmar que o problema podia melhorar com a nova ponte junto ao Casal Branco, mas não há melhoras significativas.
A Vala, no concelho de Almeirim, chegou a ser limpa pelo Núcleo de Marinheiros da Armada do Concelho de Almeirim, com quem a autarquia terminou um protocolo de 15 anos. O acordo terminou quando começaram as polémicas com a utilização de herbicidas. A CDU criticou a situação nas reuniões da câmara e na assembleia municipal. O protocolo previa o pagamento ao núcleo de 1.750 euros mensais. O dinheiro servia para a manutenção dos dois barcos, de salários das pessoas que faziam a limpeza e pagamentos de seguros.
A embarcação custou perto de 115 mil euros, com 75 mil de apoios.