André Bento e Vitor Duarte vão representar a Seleção Portuguesa no maior evento de Footgolf a realizar entre 26 de maio e 6 de junho, na cidade de Orlando, nos Estados Unidos da América. Pela frente, na competição, vão participar 1200 atletas dos quatros cantos do mundo, mas as almeirinenses sonham com a conquista do título mundial.
André e Vítor, está a chegar o Mundial de FootGolf. Como está a decorrer a preparação?
André Bento (AB): Neste momento, a preparação está a correr de forma normal, temos disputado o campeonato nacional, aproveitado para fazer alguns treinos e preparação física para tentar estar o mais em forma possível no início da prova.
Vítor Duarte (VD): Nesta altura, já estamos mais tranquilos das nossas posições e da etapa que se aproxima. Estamos a disputar o campeonato nacional e, vamos aproveitando para treinar e fazer preparação física necessária para podermos encarar a etapa seguinte com mais confiança.
Como se sentem?
AB: Sinceramente, muito tranquilo, com toda a certeza que faremos o possível para entrar e sair de cabeça erguida da competição. –
VD: Estou calmo mas ansioso. Sobretudo expectante em participar num Mundial e fazer parte de toda uma experiência desta envergadura. Vamos, sem dúvida, fazer o nosso melhor e sair orgulhosos independentemente das posições obtidas. Participar e representar o país é, por si só, um mote de vontade em fazer um bom resultado.
Quais têm sido as maiores dificuldades?
AB: Não tenho encontrado grandes dificuldades neste caminho, o que ao início pensei que iría acontecer mas tem corrido tudo bem até aqui.
VD: Uma das maiores dificuldades é não ter um local de treino mais perto, apenas Caxarias ou Santo Estevão. A logística nem sempre é fácil e torna-se dispendioso.
Quando se apuraram, um dos maiores problemas seriam os custos e os apoios. Conseguiram o que pretendiam?
AB: Sim, felizmente e graças a alguns apoios, consegui o que pretendia, desde já agradecer a todos os patrocinadores que se disponibilizaram a ajudar e dar o seu contributo pois, sem eles, este sonho seria muito difícil de se realizar.
VD: Sim, esse foi sem dúvida um dos maiores problemas porque, infelizmente, a modalidade é pouco conhecida e os apoios, mesmo a representar um País, são quase inexistentes. Com ajuda de amigos que me levaram até algumas pequenas e médias empresas da região e uma empresa internacional, felizmente consegui praticamente o necessário. Aproveito para agradecer a todos os patrocinadores, que mais tarde serão todos nomeados, que se disponibilizaram a ajudar e dar o seu contributo para realizar este sonho.
Quais os custos? Que apoios vão ter?
AB: Os custos iram rondar os 3 mil euros, tivemos o apoio da Federação que, inicialmente, tinha uma verba disponível para cada jogador, e tivemos o apoio da Câmara Municipal de Almeirim e da Junta de freguesia de Fazendas de Almeirim a quem aproveito para agradecer desde já o contributo.
VD: Também o clube que representamos, o C.C.D. Caxarias, tem sido um grande apoio para nós.
Sendo um desporto amador, vocês precisam de tirar férias para ir ao Mundial?
AB: Podemos optar pela licença sem vencimento, pois existe uma justificação da federação para este tipo de eventos.
VD: No meu caso irei gastar período de férias.
O que será um bom resultado?
AB: Um bom resultado, temos de ser realistas, num universo de 1200 jogadores de todo o mundo, alguns deles fazem deste desporto vida poderemos falar num top 100 seria fabuloso.
VD: Um bom resultado seria sempre uma posição que nos orgulhe do esforço e empenho destes últimos anos. Serão 1200 jogadores de topo, alguns Footgolfers de profissão. Ficar nos 100 primeiros a título individual e nos 10 primeiros como Seleção seria fabuloso.
Quais os objetivos para o futuro próximo?
AB: No futuro próximo continuar a disfrutar deste magnífico desporto, ter oportunidades de realizar alguns eventos no estrangeiro e, se possível, apurar-me para o próximo evento de seleções que será o Europeu.
VD: Espero continuar a vivenciar este deporto por muitos anos. Gostaria de participar em mais Opens fora do país inclusive, apurar-me para o próximo Europeu.