Repito o título da mensagem do ano passado, pois o tema é o mesmo e continua atual:
“O que fiz pelos outros, este ano?
Aproxima-se mais uma vez a ocasião tão festiva, tão sensível, tão celebrada que é a quadra do Natal.
São 15 dias em que tudo parece cor-de-rosa. As famílias esquecem quezílias, os amigos matam saudades, os inimigos fazem uma pausa nas suas contendas. Tudo parece um bem querer.
Mas, no fundo, as guerras continuam sem dar tréguas e não são só lá longe na Ucrânia. São cá em nossa casa, no nosso ambiente, no nosso meio.
As dificuldades económicas da população em geral, as condições de vida dos mais desfavorecidos ou mesmo da classe média em particular, não têm tendência a melhorar e todos os indicadores económicos apontam o contrário. O incremento do custo de vida, a subida da inflação, o aumento do desemprego, geram depressões, isolamento e solidão.
Urge dar uma resposta.
É realmente fundamental não passar pela Terra sem deixar uma marca de apoio ao nosso semelhante. Esse suporte não tem de ser necessariamente financeiro, há outras formas de apoiar e minimizar sofrimentos.
O voluntariado e colaboração nas inúmeras instituições, que sem a sua existência muitas vidas seriam mais tristes, mais frias e desgraçadas é uma das formas de deixar uma marca de humanidade.
Vejo com alguma mágoa tanta gente, mesmo amigos chegados que nascem, crescem, envelhecem e morrem, sem terem realizado nada de útil ou prestativo em prol da sociedade que os rodeia.
É realmente importante nesta época natalícia, parar um instante e pensar: Que fiz eu este ano pelo meu semelhante? O que vou fazer em 2023?
Com este juízo em mente, desejo a todos os Almeirinenses, meus conterrâneos, aos nossos assinantes e leitores, aos nossos colaboradores, patrocinadores e amigos, um Feliz Natal e um óptimo 2023, se possível com alguma Paz.
Vasco Novais Branco – Director Adjunto de “O Almeirinense”