Um novo orçamento de Estado se avizinha, mas não deverá trazer melhorias para a sociedade num todo.
As despesas com o Estado e na sua máquina em geral, em nada aparentam diminuir, mas antes pelo contrário, deverão subir e como consequência, aumento da dívida. Já nas famílias e trabalhadores, pouco ou nada pretendem fazer, no que diz respeito aos impostos sobre os trabalhadores, ou no consumo direto da economia.
Nos escalões do IRS prevêm uma atualização de 5,1%, no próximo ano, face a uma previsão de inflação de 4%, não recuperando assim, da inflação de 7,4% prevista para este ano. Neste cenário, não haverá lugar à descida nos impostos diretos sobre o trabalho, nem sobre o consumo, não acompanhando desta forma, os gastos no dia-a-dia do país. Haverá lugar a uma atualização do ordenado mínimo, assim como nas pensões, mas com a inflação, a perda de poder de compra e a não alteração nos impostos, este torna-se uma quase nulidade face ao restante.
A ideologia socialista, face aos lucros de qualquer pessoa ou empresa, com a aplicação de impostos extraordinários, deveria ser aplicada, na mesma proporção e medida ao próprio Estado e aos seus lucros (entenda-se que me refiro aos impostos arrecadados por este). Esta atitude socialista de, “faz o que eu digo, não o que eu faço”, só nos tem mantido neste caminho de, trabalhar para pagar impostos, não permitindo a quase ninguém, uma poupança dos valores auferidos.
Este “des”governo, à semelhança de todos os seus antecessores, nestes últimos 30 anos, apenas vão fazendo o “jogo das cadeiras”, mantendo a grande maioria dos seus intervenientes, apenas mudando-lhes de funções e posições.
João Vinagre – CDS Almeirim