O músico é o maestro da Banda Marcial de Almeirim. Em entrevista ao nosso jornal, revela a enorme vontade de recolocar a Banda entre os melhores. Rui Cocharra chegou há oito meses e diz que já se sente a mudança.
Como surgiu o desafio de vir dirigir a Banda Marcial de Almeirim?
Em primeiro lugar, prefiro dizer como fui para a banda marcial de Almeirim. Foi através de um convite para tocar em alguns serviços. Depois enviei o meu currículo para a escola de música na qual eu fui aceite como professor das madeiras. Quanto à pergunta em si, o desafio de vir a dirigir a Banda Marcial de Almeirim foi pelo bom desempenho que eu estou fazendo na escola de música, e a direção apostou em mim para elevar a Banda Marcial de Almeirim ao lugar que ela merece estar. Esse convite foi-me endereçado no mês de agosto de 2021, em que comecei a trabalhar como maestro da Banda, em setembro do mesmo ano.
Que lhe pediu a direção?
A direção o que me pediu foi para apresentar um projeto para a Banda Marcial de Almeirim. Apresentei esse mesmo projeto onde incluí vários serviços, como as Festas da cidade de Almeirim, em outras localidades, concertos de aniversário da Banda, Festivais de Filarmónicas, Concertos de verão em todas as freguesias do concelho de Almeirim, etc, e a direção aceitou.
Como o conseguiu convencer?
Eu convenci a direção, com trabalho, empenho e dedicação, e de facto, esses resultados musicais de toda a minha dedicação têm aparecido.
Como se apresenta para quem não o conhece?
Eu apresento-me, para quem não me conhece, com toda a naturalidade, dizendo que sou o maestro da Banda marcial de Almeirim, e é como muito gosto que estamos aqui presentes para fazer o tipo de serviço que for, e, no final, cumprimentarei as pessoas que convidaram a Banda para esse serviço.
Quais os seus grandes objetivos neste projeto?
O meu objetivo neste projeto é elevar a Banda Marcial de Almeirim ao patamar que ela merece estar: entre as melhores Bandas Musicais.
Quais os atributos que já identificou ?
Os atributos que eu identifiquei foram a qualidade musical dos músicos e a vontade de trabalharem em conjunto para que todos possamos levar a bom porto a Banda Marcial de Almeirim.
E os problemas?
Os problemas que eu encontrei foram a saída de alguns elementos, antes de eu ser maestro da Banda Marcial de Almeirim, mas, felizmente alguns desses elementos que saíram estão a voltar, e isso é muito bom.
Como se mantém viva a chama das Bandas Marciais que precisam de renovação?
Todas as Bandas têm os seus problemas, a sua renovação tem que ser através da Escola de Música, trabalhando com muito empenho com os alunos, para que possam integrar a banda o mais rápido possível.
É aqui que encaixa a necessidade de apostar na Escola?
Sim, todas as Bandas Musicais têm que apostar na sua escola de música, ela é o sustento das Bandas Marciais. Sem a escola de música a funcionar, as Bandas não têm a possibilidade de existir.
Acredita no futuro desta Banda?
Eu acredito sempre em tudo o que abraço, se não acreditasse, eu não aceitaria ser maestro da Banda Marcial de Almeirim, e em pouco tempo que estou à frente dos destinos da Banda Marcial de Almeirim, e simplesmente com 8 meses de trabalho eu, direção e os músicos já sentimos progressos musicais. É só para relembrar que a nossa escola de música está a funcionar bem, com 30 alunos e ao todo três professores. Eu, nas madeiras, o professor Luís Estudante, nos metais e o Micael Toito, na percussão. E estamos de braços abertos para recebermos mais alunos e queremos também expandir a nossa escola de música pelas freguesia do concelho.