É reconhecida a importância da agricultura urbana como meio de desenvolvimento sustentável nas cidades. O cultivo de legumes, cereais e frutas nas cidades é uma prática regular tanto nos países em vias de desenvolvimento como nos países desenvolvidos, com benefícios para as populações e para a sustentabilidade das cidades. As práticas agrícolas presentes nas hortas urbanas devem possibilitar que o uso do solo se relacione com o clima, as plantas e os animais e com a adequada gestão da água. Assim, podemos desenhar cidades mais resilientes, pela planificação e reconversão de espaços vazios em locais naturais mais sustentáveis, melhor adaptados às alterações climáticas e promotores da biodiversidade.
Socialmente, as hortas urbanas permitem uma maior aproximação com a natureza, melhorar a qualidade de vida e aumentar o bem-estar. Também promovem a partilha de saberes entre diferentes culturas e gerações, com aumento da coesão social.
Economicamente podemos apoiar famílias com menores recursos visto que a maioria das hortas se destina à produção dos próprios alimentos, potenciando a autossuficiência.
Em termos ambientais destacamos a menor pegada ecológica dos alimentos produzidos, pois eliminando os transportes desnecessários reduzimos a emissão de CO2, e ainda a proteção do solo, permitindo o favorecimento da infiltração das águas das chuvas, diminuindo o seu escoamento nas vias públicas e o risco de erosão do solo.
Artigo de Sónia Colaço, CDU Almeirim