Este dia comemora-se para honrar esse ato histórico que nos libertou da ditadura apelidada de Revolução dos Cravos e, por conseguinte, em defesa da democracia.
Fazendo minhas as palavras do nosso atual líder: “Defender esses valores, é, antes do mais, ter a coragem e a frontalidade para apontar o que com o tempo se foi degradando e, dessa forma, enfraquecendo os principais propósitos do 25 de Abril.
Se para alguns de nós a Revolução dos Cravos é uma memória bem presente e intensamente vivida, a verdade é que para a maioria dos portugueses ela já é apenas mais uma data histórica ocorrida antes do seu nascimento. Também por isso, se impõe que a evocação do 25 de Abril seja um momento de autocritica sério e realista do trajeto que temos seguido. Porque ficar pelo simples elogio do passado, é objetivamente renunciar ao futuro.”
É impossível deixar de sentir uma certa nostalgia quando se ignora nestas comemorações o facto de que a democracia foi sendo condicionada ao longo dos ultimos anos, sentindo-se que a liberdade de expressão, liberdade de pensamento e tudo o que 25 de Abril representa só está ao alcance de quem segue a corrente ideológica preponderante em Portugal, sendo difícil admitir qualquer contraditório. Para isto contribui muito o assombroso poder que a comunicação social tem em Portugal, determinando qual a linha de pensamento que se deve seguir no conceito próprio de cada redação.
Esperemos que não venha nunca mais a ditadura, mas também teremos que lutar mais por esta “democracia”
Artigo de Fausto Russo, PSD Almeirim