Eduardo Sousa Baptista é o Presidente da Associação de Solidariedade Social de Benfica do Ribatejo e em entrevista a O ALMEIRINENSE fala dos dois anos de pandemia e destaca a importância do projeto que foi aprovado para o aumento das instalações. Um obra de 1,5 milhões de euros.
No dia 16 de março soube-se que foi aprovado o projeto para aumento das vossas instalações. Foi a melhor notícia dos últimos tempos?
Sim. Após muitos anos de espera e de tentar ver financiamento aprovado, foi muito gratificante ter uma resposta positiva. O projeto já tinha alguns anos e foi sofrendo algumas alterações ao longo do tempo. Alterações essas também impostas por alterações legais. Tivemos de elaborar vários projetos de especialidades e finalmente surgiu uma “janela” de oportunidade e vimos o nosso projeto aprovado. Ou seja, estava pronto na gaveta, a aguardar.
Quando avançam as obras?
As obras avançam logo que seja assinado o protocolo. Relembro que o financiamento foi aprovado no âmbito do PARES III. E depois ainda teremos que cumprir procedimentos técnicos e legais, entre os quais a abertura de concurso público.
Quais os custos?
A obra está estimada em perto de um milhão e meio de euros.
Onde vai ficar?
A obra é uma ampliação do edifício do Centro de Dia. Ou seja, vai ser construída uma ala de quartos, salas e gabinetes técnicos com a secretaria a fazer a ligação entre os dois edifícios. Vamos assim aproveitar zonas já existentes, tais como a cozinha, o refeitório e alguns gabinetes.
É um projeto importantíssimo para a freguesia e concelho?
Sim, muito importante: 99% por cento dos nossos utentes abandonam-nos por óbito, ou por já não conseguirmos dar resposta às suas necessidades de uma forma mais abrangente.A população está muito envelhecida e urge dar dignidade nos últimos anos de vida a quem já contribuiu de uma forma ativa para a vida de todos nós. Pretendemos assim alcançar cada vez mais utentes, respondendo às suas necessidades e fomentando um envelhecimento ativo, saudável e de qualidade sem terem de abandonar a sua terra e afastar-se dos seus familiares. É de salientar ainda que com o ERPI (LAR) prevemos alargar os nossos serviços de Centro de Dia e apoio domiciliário a 7 dias por semana.
Como correram estes dois anos de pandemia na Associação de Solidariedade Social de Benfica do Ribatejo?
Foram e estão a ser anos muito difíceis. Com muitas dificuldades, mas também muita resiliência. Estamos cá!
Foi um período muito duro, principalmente para as equipas no terreno?
Sim, especialmente os primeiros tempos, em que se lidava com o desconhecido. E, quando se desconhece o inimigo, os receios e incertezas são sempre maiores e mais assustadores.
Senhor Eduardo Batista, o que o move neste trabalho voluntário?
Neste e noutros trabalhos em que já contribuí de forma voluntária, o meu objetivo tem sido sempre o progresso da freguesia e o bem estar da população. Não sou remunerado pelo que faço, resta-me a satisfação do dever cumprido.
Por fim, eu gostaria de fazer um agradecimento: Temos contado sempre com o grande apoio da Câmara Municipal de Almeirim, e queremos aqui agradecer ao Sr. Presidente por estar sempre disponível para nós.