De tradição inicialmente religiosa, hoje é o ponto alto das festividades na Vila da Chamusca, atraindo milhares de visitantes de toda a região. “Da Páscoa à Ascensão, quarenta dias vão”… é a nossa Festa maior, a meio da Primavera, com a Natureza Madura, os dias cheios de sol e uma imensa alegria que emana da terra e dos homens.
Festa profundamente rural, ligada ao aloirar das searas e à multiplicação das flores, que anunciam pão e vida, simbolizadas no raminho da espiga, a Ascensão é também a comemoração da subida de Cristo ao Céu, fechando um ciclo de quarenta dias que se abriu pela Páscoa. Céu e Terra, Fé e Festa, tudo aqui se conjuga, numa semana de Maio, em que o Concelho se olha e se mostra, assumindo a sua alma agrária e o seu jeito de viver, neste imenso espaço que tem, de campina e de charneca, entre o Tejo e o Alentejo.
Sempre a Ascensão foi uma festa nestas terras onde estamos, mesmo não sendo feriado, como agora é, nem havendo, nem se sonhando, com formas organizadas de pôr a Festa de pé. Sempre o povo soube guardar a Quinta-Feira de Espiga, dia sagrado da terra, em que largava a enxada e ia por esses campos, folgando e colhendo espigas, malmequeres, papoilas, esgalhos de cepa, raminhos de oliveira, pés de alecrim e de rosmaninho florido para compor o raminho que levava para casa, lá ficando o ano inteiro, pendurado na parede, bendita a terra que é farta, louvado seja o Senhor. Esta é a essência da Festa, um hino à força e à generosidade da Natureza de que depende a nossa vida. Festa da terra e do gado, toda a gente sai à rua, Quinta-Feira de Ascensão, para ver a entrada de toiros pelas ruas da Chamusca, o campo invadindo a vila e à tarde a Corrida da Ascensão. Em breve divulgaremos novidades.