RESISTIR

Por razões da sua agenda política, o Presidente da República decidiu a convocação das eleições antecipadas para a AR em evidente consonância com o PS.

Com a miragem da maioria absoluta e o intuito de se libertar da influência da CDU (PCP e PEV), o PS, em vez de procurar soluções, preferiu provocar eleições para poder prosseguir com a política de direita que, verdadeiramente, nunca quis abandonar. Basta lembrarmo-nos de que, na AR, em todas as questões estruturantes da vida do país e fundamentais para a vida dos trabalhadores e do povo, o PS votou, sistematicamente, ao lado da direita.

O alarido anticomunista, suscitado pelo voto do PCP contra a proposta de OE, acusando, mentirosamente, este partido de ser responsável por provocar uma crise política e de “abrir o caminho à direita”, foi usado como arma de arremesso na campanha eleitoral do PS.

Associado a esta estratégia do PS, todo um quadro, ensombrado pelo aproveitamento da epidemia tentando condicionar o ato eleitoral, e em que tudo foi feito para silenciar, deturpar ou desvalorizar as soluções apresentadas pela CDU, fazendo o apelo desavergonhado ao voto útil da esquerda no PS, condicionou o resultado final.

A CDU não consegue manter as posições na AR, com perda de votos e mandatos ,inclusive no distrito de Santarém, mas desde já assume que irá continuar comprometida com a necessidade de se prosseguirem políticas de esquerda e ao lado da luta do povo e dos trabalhadores.