CRÍTICO O candidato da CDU a Almeirim aponta algumas criticas ao atual executivo. Diz mesmo que têm sido anos de apatia. Para o futuro sublinha que é fundamental mudar a forma como a população interage com a Junta.
O que o levou a candidatar-se à Freguesia de Almeirim?
O que me levou a candidatar à Junta de Freguesia de Almeirim foi o facto de me preocupar com as pessoas da minha terra e poder trabalhar para dar mais qualidade de vida a todos. Tenho tido experiência ao nível autárquico, pois participei em algumas reuniões da Assembleia Municipal no último mandato, o que me permitiu ter conhecimento
de alguns problemas do concelho. Mas nasci, vivo e trabalho em Almeirim e, por isso, tenho a noção do que se passa na freguesia, ou seja, as necessidades da população, o que é preciso fazer ainda para vivermos numa cidade mais igualitária e justa.
A minha experiência enquanto sindicalista também me deu muita capacidade de ouvir, de ajudar e de resolver, sempre dando o melhor de mim em cada situação, o que me dá confiança para este desafio.
Que balanço faz do último mandato de Joaquim Catalão?
O balanço que se faz é negativo, pela apatia que existe da ação do Presidente da Junta de Freguesia de Almeirim. O Joaquim Catalão é apenas a figura sem a força para trabalhar pelos Almeirinenses com a independência e garra necessárias. Ao longo destes anos, o que temos assistido é a uma total imposição da Câmara Municipal em querer resolver tudo, sobrepondo-se ao que à Junta diz respeito. Por exemplo, a limpeza dos espaços verdes é da responsabilidade da Junta, mas os cidadãos queixam-se à Câmara e a resposta que têm é que vai ser resolvido, mas quem trata do assunto é a Junta e ninguém sabe.
A que se propõe nos próximos anos?
O fundamental é mudar a forma de como a população interage com a Junta, tornando-a mais próxima de quem necessita dos nossos serviços. Informar, esclarecer, tornar público e divulgar junto de todos é fundamental, pelo que os meios de divulgação à disposição estarão sempre ativos e atualizados, como são o site da Junta e as redes sociais. Enquanto Presidente, estarei empenhado em cumprir com as obrigações e competências próprias da Junta, pelo que precisamos de trabalhadores também motivados e com formação contínua, de forma a valorizar o seu desempenho.
São precisos mais trabalhadores para a Junta, com contratos efetivos e não precários. Também estaremos ativos na revitalização dos espaços verdes, tanto em Almeirim como na Tapada, sendo necessárias mais árvores e mais flores, e menos ervas e caldeiras vazias para servirem de cinzeiros e wc dos animais de companhia. Na sequência da falta de limpeza das ruas, é preciso promover a sensibilização dos donos dos animais para a recolha dos dejetos.
O que é que o levou a entrar como independente numa candidatura da CDU?
Sempre fui uma pessoa com ideias próprias e que, em algumas delas, me identifico com a CDU. Conheço bem o trabalho da CDU, pois participo ativamente, desde 2013, nas listas em Almeirim. Também sei quais são as propostas que a CDU defende para os trabalhadores e para a proteção das suas famílias a nível nacional, que, a serem implementadas, seriam uma melhoria significativa e, por isso, estou à vontade para integrar esta coligação.
Sou independente proposto pelos Verdes pelo que, a juntar às preocupações sociais, também me empenho com as ambientais, pois o nosso futuro e dos nossos filhos está dependente do rumo da mitigação das alterações climáticas.
A grande novidade é a candidatura do CHEGA. Ficou surpreendido com a candidatura?
Não me surpreendeu a candidatura, mas preocupa-me que, em democracia, deem “palco e luzes” a partidos de génese antidemocrática e com valores racistas e xenófobos.
O que será um bom resultado?
O bom resultado será termos maior votação, mais eleitos e ser o Presidente da Junta de Freguesia da minha terra. Para tal, apresentamos uma lista renovada à Junta, com vários jovens e novas caras, num sinal de mudança e renovação que os Almeirinenses precisam.
Eu próprio assumo, desde já, o total empenho, e quem me conhece sabe que, quando entro nos projetos, é com essa dedicação, em prol da população de Almeirim. No entanto, a mudança tem de partir também da população, principalmente pela diminuição da abstenção e pela maior participação dos jovens na política, nas decisões que influenciam a sua vida.
Este é o último mandato de Joaquim Catalão. A candidatura da CDU também é a pensar daqui a quatro anos?
É ou pode ser o último mandato? Não faço “futurologia” e a resposta será dada na noite de 26 de setembro. De qualquer das formas, as candidaturas da CDU são sempre a pensar no presente e na necessidade que se impõe de mudar de políticas para preparar o futuro. Estou aqui, neste momento, a assumir, enquanto primeiro candidato da CDU à Junta, que trabalharei nos próximos anos com todas as minhas forças, assim o queira a população de Almeirim. Daqui por quatro anos, a CDU cá estará, comigo ou outros, pois esta coligação tem um historial rico nesta terra, de gente combativa, trabalhadora, competente e dedicada.