No passado dia 25 de Abril, festejou-se, mais uma vez, o Dia da Liberdade. Liberdade significa, em geral, o direito de qualquer cidadão a escolher a sua forma de agir, sem coerção ou impedimento, respeitando a liberdade dos restantes cidadãos.
Infelizmente, o dia que assinala o final de uma ditadura é sempre marcado por algumas polémicas de setores da sociedade que se apropriam do dia como sendo seu. No fundo, há quem queira, à esquerda, a liberdade só para si. Como se fossem mais dignos que os restantes ou como se os outros não pudessem festejar. Estranha forma de comemorar a liberdade…
“A liberdade não é algo estático e deve ser algo que todos devem lutar por ela todos os dias“
Convém não esquecer nunca que o 25 de Abril trouxe o fim de uma ditadura mas a liberdade só foi verdadeiramente conquistada com o 25 de Novembro, que impediu que se caísse numa nova ditadura, algo conveniente esquecido pela extrema-esquerda.
A liberdade não é algo estático e deve ser algo que todos devem lutar por ela todos os dias. Quando não há desenvolvimento económico e a dívida pública e privada é muito alta, há liberdade ou somos dependentes
dos empréstimos dos outros?
Quando há concursos públicos viciados e casos de corrupção que ficam sem punição, há liberdade? Quando alguma imprensa dita isenta na verdade não o é, há liberdade? Quando se ataca políticos e simpatizantes de outros partidos, não com base em ideias, mas com base em distorções e mentiras, há liberdade?
A liberdade impõe o respeito pela opinião de todos e o direito a que todos a expressem, mesmo que não gostemos dela. Viva a liberdade.
João Lopes
PSD Almeirim
Artigo de opinião da edição impressa de 1 de maio de 2021