“Natal é em Dezembro
mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
é quando um homem quiser… (Ary dos Santos)”
Estas palavras expressam os desejos para o novo ano que se inicia em tempos de pandemia. Recordo este excerto para lembrar que a época da partilha e da interajuda, tão evidenciada nesta altura do Natal, não pode ser concretizada apenas neste momento.
2020 marcará para sempre as nossas vidas de forma individual e coletiva,
a nível social e familiar, económico e ecológico. Os efeitos da COVID-19 e os
aproveitamentos que o grande capital continua a fazer, sobretudo com os
milhares de despedimentos e a redução de rendimentos de outros tantos trabalhadores têm piorado a precariedade. As dificuldades das pequenas e médias empresas acentuaram-se e as fragilidades existentes na nossa sociedade agravaram-se.
No próximo ano será necessário romper com as políticas que criaram os
problemas agora expostos, será essencial a valorização do trabalho e dos
trabalhadores, aumentar a produção nacional, reforçar os serviços públicos, a começar pelo SNS e as funções sociais do Estado.
Será necessário continuar o caminho para que as normas e regras democráticas prevaleçam sobre os inúmeros preconceitos e ideias fáceis, combatendo os discursos populistas que sobressaem um pouco por todo o lado.
Poderão os almeirinenses contar com a CDU, com o seu empenho e dedicação à causa pública, exigindo transparência e rigor na gestão autárquica, para que possamos viver com esperança.