Corriam os anos da malfadada troika, anos em que, apesar de ser de governação difícil e sobre o olhar total das entidades que nos emprestaram verbas, houve coragem. Aos que querem interpretar esta palavra da sua forma, estão à vontade, mas quer queiram ou não, houve a coragem de, em conferência de imprensa, dizer que iria haver “um brutal aumento de imposto”! Em contraposição, hoje temos uns governantes que anunciam, com toda a pompa e circunstância, aumentos de investimentos, mas depois fazem as cativações. Que afirmam, ao “darem” aumento nas pensões, ordenados públicos e OMN, mas aumentam em dobro ou triplo os impostos. Afirmam aumento do poder de compra, que muito sinceramente, só se for noutra dimensão paralela a esta, porque neste momento compramos menos e pagamos bem mais que em tempos de intervenção internacional.
Temos a maior carga fiscal de sempre, mas continuam a afirmar que estamos melhor! Deixo esta pergunta no ar, se olharem para as vossas compras, desde alimentação, serviços, combustíveis, etc., hoje e há seis anos, em qual é que pagam mais pelo mesmo?
Mas para ajudar a tudo isto, a economia também está pior, pois na altura, as empresas estavam a conseguir, por mérito, inverter a balança comercial, e a nossa dependência das importações era cada vez menor. E hoje, como todos os governos socialistas/comunistas, não têm capacidade de “produção”, não entendem, nem nunca entenderam que o “dinheiro” do estado não é deles, é de todos e de cada um dos contribuintes. Se com as suas políticas promovem a diminuição/estrangulamento do mercado de trabalho, levando ao aumento em número e em tempo dos dependentes do estado, como acham que não estão a sobrecarregar os que ainda trabalham?
Por João Vinagre