A palavra do ano em 2019 foi “Violência (doméstica)”. A palavra “violência” foi escolhida por milhares de pessoas como aquela que mais se ouviu, mais se discutiu, mais se sentiu no ano de 2019!
De acordo com as estatísticas apresentadas pela Polícia Judiciária em novembro/2019, até àquela data, verificaram- -se 33 vítimas de homicídio voluntário consumado num contexto de violência doméstica, das quais 25 eram mulheres. Continuam a ser as mulheres as grandes vítimas de violência doméstica! A violência física, psicológica e sexual contra as mulheres não depende da classe social, da idade, da região. Então, depende de quê? O que motiva um homem a bater na sua mãe, na sua irmã, na sua filha, na sua namorada, na sua companheira ou na sua mulher? Já ouvi respostas, de homens e mulheres, deste género “porque ela devia merecer!”. Todos nós já ouvimos esta resposta dita desta forma, o que revela que o que falta na nossa sociedade é uma educação que valorize as pessoas, mas acima de tudo que valorize as mulheres, que ensine a igualdade e que desincentive a masculinidade tóxica… porque ninguém merece ser agredido!
Infelizmente, vivemos numa sociedade onde ainda se pratica o velho ditado “entre marido e mulher não se mete a colher”! Mas cada vez mais, cada um de nós tem o dever de não permitir, não concordar, não silenciar e não tolerar qualquer forma de violência!
Por Teresa Aranha