Quando as temperaturas começam a descer é normal que as costas se ressintam. Não é um mito e a solução está em manter de preferência algum ritmo de exercício físico no inverno e dedicar algum tempo por dia a caminhadas e alongamentos tal como andar bem agasalhado.
Quando está muito frio vamos pela rua atafulhados em casacos e cascóis, mas mesmo assim encolhemo-nos para diminuir a área exposta às temperaturas baixas, por norma subimos os ombros e projetamo-nos para a frente, o que vai originar uma compensação no nosso corpo e as queixas da coluna vertebral fazem-se ouvir, em forma de dor.
O movimento, realizado para estimular o aumento da temperatura corporal, contribui para uma deficiente circulação sanguínea e uma diminuição da flexibilidade.
Quando está mais frio, existem mais contraturas nos grupos musculares e as extremidades ficam mais frias. Se isso não for contrariado, pode tornar-se permanente, porque não se estimula o normal movimento do músculo, causando uma dor semelhante a quando fazemos um esforço superior ao que devemos.
Mas o frio não agrava apenas as dores musculares. As articulações também sofrem com as baixas temperaturas do inverno.
Isso acontece porque ocorre uma contração das fibras e das estruturas ósseas, perdendo-se mobilidade e flexibilidade, mas precisamos dessa flexibilidade para movimentar o nosso corpo nas tarefas quotidianas e sem isso vamos estar em esforço e provocar tensão articular o que origina dores ou para quem já sofre de degeneração óssea leva a que surjam processos inflamatórios.
A circulação sanguínea fica mais fraca, também resultado deste tipo de contração do corpo, poderá ainda originar um processo mais lento do metabolismo, a diminuição da força e da massa muscular, a limitação articular e até uma maior dificuldade na realização de alguns movimentos que exijam uma maior flexibilidade.
As pessoas menos ativas são as que sofrem mais nesta altura do ano, os idosos, pessoas com doenças degenerativas como artrites e artroses, com fraturas, recém-operadas ou quem passa a maior parte do tempo sentado ou no sofá e é de extrema importância que se faça algo para ajudar o corpo na resposta ao frio.
Não conseguimos fazer com que o calor chegue mais depressa, mas se quisermos, e com pouco esforço, podemos contrariar estas adversidades do inverno. A receita é alguns tratamentos de osteopatia, quiroprática, massagem ou exercício físico para obrigar o corpo a funcionar melhor, pois caso não o façam correm o risco de iniciar processos dolorosos e até inflamatórios que acabam por se instalar no corpo tornando-se muitas vezes em processos crónicos de dor.
Se não souber como se fazer um exercício ou se não conseguir ir fazer um tratamento pelo menos, lembre-se de se espreguiçar de vez em quando, com naturalidade. Com isso, irá eliminar o ácido lático que se concentra nos músculos depois de um esforço acrescido, isto porque nesta altura de frio tanto pode ter uma contratura devido ao esforço como devido a estar encolhido com o frio.
E depois já poderá sair à rua, atafulhado em casacos, porque mesmo que instintivamente se curve ao frio, o esqueleto e os músculos estarão fortes para suportar a contração muscular.