Contam-se várias lendas sobre a origem da vinha e do vinho, como a que nos diz ter sido Noé o primeiro homem a plantar uma vinha, colher e esmagar as uvas e com o sumo obtido se ter embriagado.
No entanto, através de certas obras de arte encontradas no Médio-Oriente onde estão representados aspetos ligados ao vinho, sabemos que este já tinha papel importante na vida dos povos no ano de 5000 a.C.
A vinha e o vinho foram conhecidos muito cedo no Egipto, existindo testemunhos históricos que representam um cenário de vindima e de pisa de uvas, por volta de 1370/1352 antes da nossa era.
Contudo, é no decorrer das civilizações Grega e Romana que a cultura da vinha se expandiu. A vinha chega ao território que mais tarde viria a ser Portugal provavelmente com os Tartécios, em 2000 a.C.. Mas foram os romanos que expandiram a cultura da vinha mais ou menos por toda a bacia mediterrânica.
É de salientar o papel importante da Igreja Católica na difusão da vinha e generalização do uso do vinho. Com a necessidade de obterem o chamado vinho de missa, os monges tornaram-se os grandes impulsionadores e mestres da cultura da vinha e do fabrico do vinho.
Foi com o Marquês de Pombal que definitivamente a vinha conquistou o seu grande estatuto entre nós. É sob as suas ordens que é demarcada a região do Douro em 1756, tendo para tal sido criada a Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro, o que corresponde, na prática, à demarcação da primeira região vinícola do mundo.
Na próxima leitura irei falar sobre a forma como como as Regiões Vitivinícolas evoluíram em Portugal e as existentes actualmente, com todas as suas diferenças e potenciais.
Até lá.
Rita Conim Pinto